A Polícia Civil de Minas Gerais informou, na manhã desta segunda-feira (21), que o corpo da professora de História, Soraya Tatiana Bomfim França, de 56 anos, já foi liberado e retirado do Instituto Médico Legal (IML) por familiares. A educadora, que estava desaparecida desde a última sexta-feira (18), foi encontrada morta sob um viaduto em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, neste domingo (20).

Em nota, a Polícia Civil confirmou que o corpo passou por exames no IML e foi entregue à família após os procedimentos de praxe. A instituição aguarda agora a conclusão dos laudos periciais que devem indicar a causa e as circunstâncias da morte.

“A investigação encontra-se em andamento e outras informações poderão ser repassadas com o avanço dos procedimentos de polícia judiciária”, disse a corporação.

Corpo apresentava sinais de violência

Soraya foi encontrada ainda pela manhã, na avenida Adélia Issa, no bairro Conjunto Caieiras. A Polícia Militar foi acionada após o corpo de uma mulher ter sido localizado sob o viaduto, parcialmente coberto por um lençol. A vítima vestia apenas a parte superior das roupas, uma blusa cinza.

Segundo a perícia da Polícia Civil, o corpo apresentava marcas semelhantes a queimaduras nas partes internas das coxas, além de manchas de sangue, possivelmente vindas das regiões íntimas, o que pode indicar violência sexual.

Ao lado do corpo, os policiais encontraram apenas um óculos escuro. Não havia documentos. Após consulta aos sistemas da polícia, surgiu a suspeita de que se tratava de Soraya. O filho dela, de 32 anos, foi acionado e realizou o reconhecimento no IML.

Sem pistas sobre autoria

Até o momento, não há informações sobre o autor do crime ou sobre o que pode ter motivado o assassinato da professora. As investigações seguem em sigilo.

Velório e sepultamento

O velório de Soraya será realizado nesta segunda-feira (21), às 17h30, no Cerimonial Santa Casa BH, no bairro Santa Efigênia, na região Leste da capital. O sepultamento está marcado para as 9h30 desta terça-feira (22), no Cemitério da Paz, na região Noroeste de Belo Horizonte.

Desaparecimento

O desaparecimento da professora foi registrado pelo filho na noite de sábado (19). Segundo ele, na sexta-feira à noite, por volta das 20h, saiu de casa para uma viagem à Serra do Cipó. Soraya estava na sala, vestida com uma camisola cinza.

Na manhã seguinte, o filho tentou contato com a mãe, mas não obteve resposta. Preocupado, pediu a uma tia, que mora no mesmo prédio, que fosse até o apartamento. Como também não conseguiu contato, um chaveiro foi chamado para abrir a porta. O imóvel não apresentava sinais de arrombamento, e o carro da professora estava na garagem.

O filho, então, voltou para casa, mas não encontrou vestígios da mãe. Ele e o pai iniciaram buscas por hospitais e no IML, além de contatar amigas e tentar acessar câmeras de segurança da rua e o notebook da professora, sem sucesso.

Comoção entre amigos, colegas e alunos

Após a confirmação da morte, mensagens de carinho e despedida tomaram as redes sociais. Alunos e colegas de profissão lamentaram a perda da professora, conhecida por seu carisma e dedicação ao ensino.

“Tati foi quem mais me marcou no Santa, que me trouxe os ensinamentos mais preciosos. Sempre com um sorriso no rosto, deixará essa memória em todos nós”, escreveu uma ex-aluna.

“Uma professora incrível e uma pessoa muito querida por todos. Obrigada por todos os abraços apertados nos corredores. Que Deus te receba com muita luz”, publicou outra estudante.

“Descanse em paz, amiga querida. Que Deus te dê a paz que não conseguiu encontrar em vida”, disse uma amiga e colega de profissão.

 

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