PBH assina contrato com a Caixa para obras de macrodrenagem em córregos

A Prefeitura de Belo Horizonte firmou contrato com a Caixa Econômica Federal para a execução de obras de macrodrenagem nos córregos Vilarinho, Nado e no Ribeirão Isidoro. Os recursos são provenientes do Finisa (Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) e visam reduzir os alagamentos e as inundações recorrentes na capital mineira, provocados pela urbanização acelerada e impermeabilização do solo.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (17) pelo prefeito Álvaro Damião, durante reunião com secretários e integrantes do governo municipal. Segundo ele, os recursos já estão disponíveis e serão usados para dar continuidade às intervenções já em andamento, além de permitir o início de novas frentes de trabalho.

“Nosso foco é concluir essas obras antes do próximo período chuvoso. Os recursos garantem a continuidade do que já está sendo feito, mas obras públicas dependem de muitos fatores, inclusive de empresas sérias que cumpram prazos”, afirmou o prefeito.

Principais intervenções previstas:

• Reservatório Vilarinho II: em construção, com 40% das obras concluídas, terá capacidade para armazenar 100 milhões de litros de água. A estrutura subterrânea terá 30 metros de profundidade e dimensões equivalentes a um prédio de 10 andares invertido. A entrega está prevista para o segundo semestre de 2026.
• Reservatório Nado I: as obras devem ser retomadas após o fim do período chuvoso.

Barramento da Lagoa do Nado: obra em fase de projeto. A licitação está prevista para este ano. A intervenção busca reconstruir a estrutura destruída por um temporal em 2024, além de promover melhorias socioambientais.

Álvaro Damião destacou que os financiamentos aprovados pela Câmara Municipal não impactam o caixa da prefeitura e que Belo Horizonte tem capacidade fiscal para contratar novos empréstimos.

“Outras cidades gostariam de estar na situação de BH, que mantém equilíbrio nas contas e capacidade de investimento”, declarou.

Ele também reforçou que apenas empresas com comprovada capacidade técnica e financeira serão contratadas para tocar as obras.

“Vamos cobrar responsabilidade e respeito aos prazos. Empresas que abandonarem obras não terão espaço em BH. Se for preciso, vamos expor publicamente quem não cumprir contrato”, completou.

A Prefeitura ainda deve se reunir com a Comissão Consultiva do Fundo de Obras e Transportes (CCFOT) para tratar da fiscalização dos contratos em andamento.