A Justiça de Minas Gerais realiza, nesta quinta-feira (3), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a primeira audiência de instrução do processo que investiga o assassinato de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, encontrada morta na capital mineira no dia 12 de março.
Thiago Schafer Sampaio é acusado de enforcar a jovem, enquanto o amigo dele, Lucas Rodrigues Pimentel, responde por ajudar a ocultar o corpo. Ambos se tornaram réus em 3 de abril e tiveram a prisão preventiva mantida pela Justiça. Além dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, também foram denunciados por furto qualificado, já que o celular da vítima teria permanecido com eles.
A audiência será presidida pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri (1º Sumariante da Comarca de Belo Horizonte), a partir das 13h30. Estão previstas as oitivas das testemunhas e, na sequência, os réus poderão se manifestar pela primeira vez perante a Justiça sobre os crimes pelos quais respondem.
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Relembre o caso
Clara Maria foi encontrada morta na residência de Thiago, no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, no dia 12 de março. Segundo as investigações, o assassinato ocorreu no dia 9 do mesmo mês, data em que a jovem desapareceu.
Na noite do crime, Clara informou ao namorado que encontraria Thiago, um ex-colega de trabalho, em frente a um supermercado na avenida Fleming, e depois seguiria para casa. Como não retornou, o namorado e amigos iniciaram buscas por conta própria.
Thiago teria uma dívida de R$ 400 com a vítima, contraída na época em que ambos trabalhavam juntos em uma padaria no mesmo bairro onde o suspeito morava. De acordo com a Polícia Civil, ele usou a dívida como pretexto para marcar o encontro.
“Um detalhe importante é que essa dívida não estava sendo cobrada pela vítima, mas foi usada como desculpa para atraí-la”, afirmou o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca.
Ainda segundo a polícia, Thiago disse inicialmente que seu objetivo era acessar a conta bancária da vítima por meio do celular, mas também alegou ter sentido ciúmes ao vê-la com o namorado em uma cervejaria dias antes do crime.
O corpo de Clara foi encontrado enterrado no jardim da casa de Thiago. Ao ser preso, ele estava sozinho. Os policiais notaram um forte odor vindo do imóvel, e ao inspecionar o jardim, encontraram uma camada de cimento recém-aplicada. Ao removerem o concreto, localizaram parte do corpo da jovem. Thiago foi preso em flagrante.
Lucas Rodrigues Pimentel foi preso em sua casa, em Santa Luzia, na Grande BH. Ele também havia trabalhado na mesma avenida da padaria onde Clara atuava como auxiliar de cozinha, e foi lá que conheceu tanto a vítima quanto Thiago.
De acordo com a Polícia Civil, Lucas confessou nutrir ressentimento pela jovem após ter sido repreendido por ela em público por fazer apologia ao nazismo. Posteriormente, teria dito a amigos que desejava a morte dela.
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