Dois agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, foram afastados de seus cargos após a morte de um caminhoneiro durante a tradicional Procissão de São Cristóvão, realizada no bairro de mesmo nome, na tarde deste domingo (27). O evento homenageava o padroeiro dos motoristas.
O afastamento foi anunciado pelo prefeito Douglas Melo (PSD) por meio das redes sociais. Segundo o comunicado, os agentes permanecerão afastados até a conclusão das investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A administração municipal informou que acompanha de perto o caso, junto à corregedoria da corporação.
De acordo com a versão da GCM, o caminhoneiro desrespeitou um bloqueio de trânsito, avançou com o veículo em alta velocidade e atropelou um dos guardas, passando com o caminhão sobre a perna dele. Nesse momento, uma segunda agente efetuou disparos de arma de fogo contra o condutor. Ainda segundo a corporação, os tiros ocorreram quando o caminhoneiro tentava engatar a marcha à ré para, supostamente, passar novamente sobre o agente ferido.
O motorista foi socorrido e encaminhado ao hospital municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Uma mulher também foi atingida por um dos disparos, mas não corre risco de morte.
No entanto, testemunhas que estavam no local contestam a versão da Guarda e afirmam que o caminhoneiro foi baleado antes de atropelar o agente.
A morte gerou comoção e revolta na cidade. Moradores elogiaram o afastamento dos agentes, mas cobraram justiça e responsabilização.
“Um desentendimento nunca pode justificar o uso de arma de fogo. Era um pai de família, um trabalhador. Que os responsáveis sejam punidos com seriedade”, disse um morador nas redes sociais.
A atuação armada da Guarda Civil Municipal, autorizada desde 2021, também passou a ser alvo de críticas. “A GCM não tem preparo para portar arma”, escreveu um internauta.
“Policiamento com arma de fogo deve ser exclusivo das forças policiais”, completou outro.
A festa de São Cristóvão é uma tradição em Sete Lagoas há quase cinco décadas, com uma semana de celebrações religiosas e uma carreata que marca o encerramento das homenagens. Neste ano, a procissão foi encerrada antes do previsto após a GCM identificar consumo de álcool e infrações de trânsito entre os participantes.
Em nota, a Guarda Municipal lamentou o desfecho da ocorrência, prestou solidariedade à família da vítima e afirmou que está colaborando com as investigações.
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