Governo de Minas decreta desapropriação de áreas para obras da Linha 2 do Metrô de BH

O governo de Minas Gerais publicou, nesta terça-feira (22), uma série de decretos no Diário Oficial do Estado autorizando a desapropriação de cerca de 29,7 mil metros quadrados para a construção da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte. As áreas estão distribuídas entre os bairros Indústria, Gameleira, Nova Gameleira e Nova Cintra, na capital, e também no bairro Novo Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana.

A medida permite que a concessionária Metrô BH, responsável pelo sistema metroviário, tome posse dos terrenos com base em declaração de utilidade pública e alegação de urgência, caso necessário. O maior trecho de desapropriação, com 18.275,03 m², abrange áreas nos bairros Indústria e Gameleira, para passagem da via permanente da Linha 2.

Outras áreas serão destinadas à construção das estações Nova Gameleira (3.570,30 m²), Nova Cintra (3.555,34 m²) e Novo Eldorado (4.308,92 m²), essa última no município de Contagem.

Acordo com famílias impactadas

Em maio deste ano, a concessionária firmou um acordo com moradores dos imóveis que serão atingidos pelas obras. A negociação, que envolveu também o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o governo estadual e parlamentares, prevê indenizações entre R$ 105,9 mil e R$ 346,9 mil para 341 famílias, além do pagamento de quatro meses de aluguel social no valor de R$ 850 por mês.

A Metrô BH também se comprometeu a custear as mudanças, incluindo até dois fretes no valor de R$ 2.500 e reavaliar 42 imóveis cujas indenizações haviam sido inicialmente negadas. A reavaliação será feita mediante apresentação de documentos pelos moradores e deve ocorrer em até dez dias após a solicitação.

As famílias contempladas vivem nos bairros Barreiro, Betânia, Gameleira, Nova Cintra, Nova Gameleira e Vista Alegre. O pagamento das indenizações começou em 19 de maio e deve ser concluído até o final de julho.

Linha 2 tem entrega parcial prevista para 2026

A Linha 2 do metrô terá 10,5 km de extensão, com sete estações e capacidade para transportar até 50 mil passageiros por dia. A previsão da concessionária é que a primeira etapa, que inclui as estações Nova Suíça e Amazonas, comece a operar em 2026. A conclusão total está prevista para 2028.

O investimento nas obras é de R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões do governo federal e R$ 400 milhões oriundos das medidas reparatórias pelo rompimento da barragem de Brumadinho, custeadas pela Vale.