Uma operação policial realizada na manhã desta terça-feira (15) resultou na prisão preventiva de Anne Casaes, de 38 anos, em Belo Horizonte. Ela é apontada pelas investigações como uma das principais articuladoras do Comando Vermelho em esquemas de lavagem de dinheiro e articulação criminosa entre diferentes estados.
Anne foi detida em uma cobertura de alto padrão localizada no bairro Buritis, na região Oeste da capital mineira. A prisão foi realizada durante a Operação Reversus, deflagrada pela Polícia Civil do Mato Grosso, com apoio de forças de segurança de Minas Gerais.
A ação mobilizou policiais em pelo menos cinco estados: Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Ao todo, a operação cumpre 26 mandados de prisão e mais de 50 mandados de busca e apreensão.
Papel estratégico na facção
De acordo com a Polícia Civil, Anne exercia uma função estratégica dentro da facção criminosa, sendo responsável por manter a comunicação entre diferentes comandos do Comando Vermelho em vários estados. Ela também é suspeita de liderar esquemas de lavagem de capitais oriundos do tráfico de drogas e de outras atividades ilegais, com forte atuação em Minas Gerais e no Mato Grosso.
A operação também apura fraudes bancárias utilizadas para legalizar os recursos obtidos de forma ilícita. O nome “Reversus” faz referência à rota do dinheiro: os valores saíam do Mato Grosso, passavam por contas no Rio de Janeiro e retornavam ao estado de origem com aparência de legalidade, por meio de transações envolvendo veículos e gado.
Anne já havia sido investigada e presa anteriormente por crimes como associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo os investigadores, sua atuação teria se intensificado após a morte do marido, Júnior Gago, ex-chefe do tráfico do Comando Vermelho no Mato Grosso, assassinado na Bolívia.
Defesa nega envolvimento
Em nota, a defesa de Anne Casaes afirmou que ela não possui qualquer envolvimento com os fatos investigados e que não tem relação com os demais alvos da operação. Os advogados alegaram ainda que não tiveram acesso aos autos, que tramitam sob sigilo de Justiça, e reforçaram a confiança em uma apuração imparcial e no reconhecimento da inocência da cliente.
Ação integrada
A prisão foi coordenada pela Agência Central de Inteligência da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), com apoio da Delegacia de Fraudes da Polícia Civil mineira e da Polícia Civil do Mato Grosso.
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