Casal intoxicado após comer torta de frango em padaria de BH recebe alta hospitalar

Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23 anos, e José Vitor Carrilho Reis, de 24, receberam alta do Hospital Felício Rocho e continuam a recuperação em casa, após intoxicação alimentar causada pelo consumo de uma torta de frango comprada em uma padaria da Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O caso, que chocou a capital mineira, resultou na morte de Cleuza Maria, de 75 anos, familiar do casal.

O trio apresentou sintomas graves após consumir o alimento no dia 21 de abril. Cleuza não resistiu e morreu em 27 de maio, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). A padaria onde a torta foi comprada permanece interditada pela Vigilância Sanitária da Prefeitura de Belo Horizonte.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta segunda-feira (14) que os depoimentos das testemunhas e envolvidos foram concluídos. Agora, a corporação aguarda os laudos periciais para encerrar o inquérito. Ainda não há definição oficial sobre o que causou a intoxicação.

Exames não detectaram botulismo ou chumbinho

Exames realizados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) descartaram a presença de toxinas de botulismo e de substâncias como chumbinho. Contudo, outras possíveis causas seguem sendo investigadas. Amostras foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), e o Ministério da Saúde também foi acionado para auxiliar nos exames, caso necessário.

Até o momento, a SES-MG não divulgou novos resultados. A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que a padaria continua interditada e proibida de operar ou manipular alimentos, já que funcionava sem alvará sanitário na data da ocorrência.

Relembre o caso

No dia 21 de abril, Fernanda e José Vitor compraram uma torta de frango na Padaria Natália, no bairro Serrano, e a levaram para a casa de Cleuza. Após perceberem sinais de deterioração no alimento, o casal retornou à padaria para devolvê-lo. No dia seguinte, os três apresentaram sintomas graves de intoxicação e foram internados em estado crítico.

A Polícia Civil ouviu o proprietário e o padeiro da padaria, que foram liberados após depoimento. A investigação segue em andamento, aguardando laudos toxicológicos e microbiológicos para definir se há relação direta entre o alimento e o quadro clínico das vítimas.