Professores da rede municipal de BH decidem manter greve e reivindicam reajuste salarial maior

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (11), os professores da rede municipal de Belo Horizonte decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado. A principal reivindicação da categoria é um índice de reajuste salarial superior ao proposto pela Prefeitura da capital, que é de 2,49%.

“A greve continua, assim como a exigência de que a Prefeitura reconheça os índices de recomposição salarial previstos no piso nacional do magistério”, afirmou Vanessa Portugal, representante do Sind-Rede/BH. Segundo ela, a proposta apresentada pela administração municipal é insuficiente.

No início da tarde, os trabalhadores realizaram uma passeata em direção à Praça Sete, no centro da cidade. O protesto chegou a impactar o trânsito na região, mas a via foi liberada em seguida.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte e aguarda posicionamento. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, na última segunda-feira (9), das 324 instituições de ensino da rede municipal, 45 funcionaram normalmente, 248 tiveram funcionamento parcial e 31 estavam completamente paralisadas. A adesão à paralisação chegou a 86%.

Os professores decretaram greve por tempo indeterminado na última sexta-feira (6). Na quinta-feira (5), algumas escolas já haviam sido fechadas devido a uma paralisação total convocada por movimentos sociais.

Reivindicações

A categoria exige a recomposição salarial com base no reajuste do piso nacional do magistério, além da reposição imediata do quadro de professores, especialmente nas EMEIs, onde a situação é considerada mais crítica.

Outras demandas incluem a reestruturação da carreira, considerada defasada desde 2020, e a redução no número de estudantes por sala de aula, medida que, segundo os educadores, é fundamental para garantir a qualidade do ensino e condições dignas de trabalho.