A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na última sexta-feira (16), a investigação sobre o homicídio de uma adolescente de 14 anos, ocorrido dentro de uma escola particular no bairro Universitário, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O caso foi detalhado durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (20), com a participação da PCMG, da Polícia Militar (PMMG) e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Segundo a Polícia Civil, o crime foi premeditado por dois colegas da vítima, ambos também com 14 anos. Um dos adolescentes foi apreendido em flagrante no dia do crime, ocorrido em 8 de maio, e o outro foi detido posteriormente, após representação da Polícia Civil e parecer favorável do MPMG. Ambos permanecem internados por ordem da Vara da Infância e Juventude de Uberaba, respondendo por ato infracional análogo ao crime de homicídio.
Crime foi motivado por inveja
De acordo com o delegado Cyro Outeiro Pinto Moreira, responsável pelo inquérito, não houve nenhum desentendimento prévio entre os envolvidos. “A vítima foi surpreendida por um golpe de faca no peito, após receber um bilhete com uma sentença de morte. As câmeras de segurança da escola registraram a ação coordenada dos dois adolescentes. Os demais alunos presentes estavam alheios ao ocorrido”, afirmou.
A motivação do crime foi inveja, conforme indicou um dos adolescentes durante depoimento informal relatado por um militar. “Não houve bullying, tampouco qualquer relacionamento afetivo com a vítima. A motivação foi exclusivamente emocional”, destacou o delegado.
Investigação envolveu operação conjunta e mandados de busca
A apuração começou no mesmo dia do crime. O primeiro suspeito foi localizado após uma denúncia anônima e, ao ser abordado, confessou sua participação, além de revelar o envolvimento do segundo adolescente. Durante as diligências, a polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão, recolhendo materiais escolares, eletrônicos e um plano de fuga manuscrito pelos jovens.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais, que agora analisa o caso dentro da esfera socioeducativa, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o promotor de Justiça Diego Martins Aguillar, trata-se de um caso isolado, e não há indícios de outras vítimas ou lista com nomes.
“A investigação foi conduzida com responsabilidade, respeito ao ECA e sem nenhum indicativo de risco contínuo. As escolas seguem sendo ambientes seguros”, afirmou o promotor.
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