Exames laboratoriais descartaram a presença da toxina botulínica nos organismos das três pessoas da mesma família que foram internadas em estado grave após o consumo de uma torta de frango adquirida em uma padaria de Belo Horizonte. A informação foi confirmada nesta terça-feira (20) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
O caso aconteceu no mês passado, em uma padaria localizada no bairro Serrano, na região da Pampulha. Desde então, as vítimas seguem hospitalizadas. Diante dos sintomas neurológicos apresentados inicialmente, foi administrado, de forma preventiva, o soro antitoxina botulínica usado em casos de botulismo, doença grave causada pela bactéria Clostridium botulinum, que afeta o sistema nervoso. No entanto, os exames laboratoriais descartaram essa hipótese.
A SES-MG informou que outras possíveis causas de intoxicação continuam sendo investigadas. “A SES-MG solicitou ao Instituto Adolfo Lutz (IAL) a realização de exames complementares para detecção de outras neurotoxinas e agentes relacionados”, comunicou a pasta. Caso o IAL não possua os métodos laboratoriais adequados, o Ministério da Saúde foi acionado para avaliar a possibilidade de enviar amostras a outros centros de referência no país.
As vítimas são Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos, sua sobrinha Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23, e o namorado da jovem, José Vitor Carrilho Reis, de 24. Segundo o governo de Minas, os três receberam o soro de forma tempestiva e seguem internados, sob acompanhamento médico contínuo.
“A investigação segue em andamento. Novas informações serão divulgadas à medida que houver dados técnicos e científicos consolidados”, afirmou a SES-MG em nota.
Já a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que a padaria onde o alimento foi comprado continua interditada pela Vigilância Sanitária (VISA) e que, até o momento, “não há nenhuma medida para regularização ou solicitação de desinterdição”. O local permanece fechado, sem autorização para comercializar ou manipular alimentos.
Profissionais de saúde que acompanham o caso também levantaram a hipótese de envenenamento por organofosforados ou carbamatos substâncias presentes em pesticidas. A família das vítimas, por sua vez, não descarta a possibilidade de um “falso negativo” nos exames e afirma que essa possibilidade foi mencionada pelos médicos responsáveis pelo tratamento.
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