Corpos de dois fazendeiros são encontrados enterrados em fazenda da Grande BH

Os corpos de dois fazendeiros, ambos de 60 anos, foram encontrados enterrados em uma fazenda em Baldim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta terça-feira (27). De acordo com a Polícia Militar, eles foram vítimas de um possível estelionato envolvendo a compra e venda de terrenos, seguido de sequestro e assassinato.

Os militares foram acionados na noite de segunda-feira (26), após uma denúncia anônima de duplo homicídio e ocultação de cadáver. Segundo o relato, quatro suspeitos, com idades entre 25 e 34 anos, sequestraram as vítimas após uma visita ao terreno e passaram a exigir transferências financeiras. Em seguida, de acordo com o boletim de ocorrência, os suspeitos assassinaram os fazendeiros e enterraram os corpos em uma grota profunda, cobrindo-os com terra.

O Corpo de Bombeiros iniciou as buscas na manhã de terça-feira e localizou os corpos por volta das 5h05, em uma área de difícil acesso. O rabecão foi acionado, e a aeronave Arcanjo também deu apoio à retirada dos corpos de forma segura. A ocorrência segue em andamento.

Entenda o caso

Familiares de um dos fazendeiros procuraram a polícia no dia 15 deste mês, relatando que o último contato com ele havia ocorrido no dia 11 de maio. O caseiro da fazenda também estava desaparecido.

No dia 16, a perícia foi até a propriedade e encontrou a casa toda revirada, com manchas de sangue no chão e nas paredes. Na mata próxima à fazenda, foram localizadas uma camisa e uma bota pertencentes aos desaparecidos. O carro da vítima, estacionado próximo à residência, estava com o vidro quebrado e apresentava manchas que aparentavam ser de sangue.

Segundo o delegado Alexandre Viana, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), responsável pela regional de Sete Lagoas, a família informou que o fazendeiro vinha relatando ameaças relacionadas à negociação de terras e à venda de um caminhão. No caso da propriedade, estelionatários teriam vendido parte das terras sem autorização do proprietário, o que gerou descontentamento entre os compradores. Já em relação ao caminhão, o fazendeiro o teria vendido, mas enfrentava dificuldades para acessar a documentação necessária à transferência do veículo.