O caso da jovem de 21 anos, que morreu ao cair do 13º andar de um prédio no Centro de Belo Horizonte, no dia 26 de agosto de 2023, teve um desfecho inesperado. Após meses de investigação, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu que a vítima foi assassinada pelo ex-namorado de 47 anos, que agora responde por feminicídio. O suspeito, que estava preso temporariamente desde novembro de 2024, teve sua prisão convertida para preventiva.
Inicialmente, o homem alegou que a jovem teria cometido suicídio devido a um histórico de depressão e dependência química. No entanto, a investigação conduzida pelo Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios e pela Delegacia Especializada de Homicídios Centro apontou inconsistências no depoimento do suspeito.
De acordo com a delegada Iara França, as provas confirmaram que o ex-namorado estava dentro do apartamento no momento da queda e que ele a empurrou pela janela após uma discussão.
“Este é um claro caso de controle psicológico e abuso contra uma mulher. Conseguimos provar que o suspeito tentou manipular a narrativa dos fatos, negando sua responsabilidade. O que confirmamos é que ele jogou a vítima pela janela após uma discussão”, afirmou a delegada.
Histórico de Abusos e Manipulação
A investigação revelou que o suspeito hospedava jovens estudantes em seu apartamento e mantinha relações abusivas com elas. Segundo os levantamentos da polícia, a jovem que faleceu tentava se afastar do relacionamento, mas era constantemente pressionada e controlada pelo ex-companheiro.
“O homem manipulava suas vítimas e as subjugava a abusos sexuais e emocionais. Ele exigia mais do que a jovem podia oferecer, tornando a convivência insustentável”, explicou a delegada.
Além disso, descobriu-se que o suspeito já possuía histórico de abusos contra outras mulheres. Muitas delas não tiveram forças para denunciar, o que evidencia um padrão de comportamento predatório.
Uso de Aplicativo para Atrair Vítimas
A PCMG também apurou que o suspeito trabalhava como motorista de aplicativo, utilizando a profissão para atrair mulheres. Segundo as investigações, ele iniciava relacionamentos com passageiras e, em muitos casos, as manipulava e submetia a abusos.
Além disso, foi descoberto que o homem transportava drogas utilizando o aplicativo, o que reforçou as suspeitas sobre sua conduta criminosa.
Prisão e Processo Judicial
O ex-namorado da vítima foi preso temporariamente em novembro de 2024 e, após a conclusão do inquérito, a Justiça converteu a detenção para prisão preventiva. O indiciamento por feminicídio foi formalizado na última sexta-feira (21 de março de 2025).
“Esse é mais um alerta sobre os perigos do abuso psicológico e do controle, que frequentemente precedem tragédias. A PCMG está determinada a buscar justiça e assegurar a segurança e a dignidade das mulheres”, concluiu a delegada Iara França.
O suspeito permanece preso, e o caso agora segue para julgamento.
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