A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito sobre o feminicídio de uma mulher de 33 anos, ocorrido no último dia 10 de março, dentro da clínica de estética onde trabalhava, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O ex-marido da vítima, de 42 anos, foi preso em flagrante e indiciado por feminicídio e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Segundo as investigações, o suspeito foi ao local com a intenção de convencer a ex-esposa a reatar o relacionamento. Diante da recusa, ele a golpeou com nove facadas usando um canivete. Testemunhas fugiram do local e uma delas acionou a polícia. Outra pessoa trancou o portão da clínica, impedindo a fuga do agressor. Sem ter como escapar, o homem tentou se ferir com a mesma arma, deitando-se ao lado do corpo da vítima.
A vítima foi casada com o acusado por cinco anos e havia terminado o relacionamento no fim de 2024. Desde então, ele passou a persegui-la para tentar reatar. O homem descobriu que a ex-esposa estava em um novo relacionamento, o que, segundo a polícia, pode ter intensificado sua obsessão e motivado o crime.
Vídeo mostra homem discutindo com biomédica antes de matá-la a facadas em Ibirité pic.twitter.com/HIY1a4OIA9
— Por Dentro de Minas (@pordentrodemg) March 19, 2025
O homem foi preso em flagrante e, posteriormente, teve sua prisão convertida em preventiva. Ele segue internado sob escolta policial e responderá pelos crimes de feminicídio e posse ilegal de arma de fogo.
Apreensão de arma de fogo
Durante as diligências, a polícia foi até a casa do suspeito e encontrou uma pistola calibre 9mm com numeração suprimida, munições e outros pertences. A investigação apontou que o homem pretendia atrair a vítima para sua residência e assassiná-la com a arma de fogo antes de fugir.
Depoimentos, análise de imagens de segurança e perícia nos celulares indicaram que o suspeito mentiu sobre sua intenção de cometer suicídio. A polícia constatou que ele planejava fugir após o crime, usando sua profissão de caminhoneiro para desaparecer pelo país.
Importância da denúncia em casos de violência contra a mulher
Segundo o delegado Gabriel Araújo, o feminicídio acontece quando o agressor vê a mulher como uma propriedade. “Ele não aceita que ela tome decisões fora do que ele determina”, destacou. A vítima não possuía medida protetiva, mas pessoas próximas relataram que o suspeito já havia feito ameaças anteriormente.
A PCMG reforça a importância de denunciar ameaças e buscar medidas protetivas ao primeiro sinal de perigo. “No primeiro sinal de ameaça, seja psicológica ou física, é essencial registrar ocorrência e buscar a proteção do Estado”, finalizou Araújo.
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