Os trabalhadores terceirizados da rede municipal de ensino de Belo Horizonte iniciarão uma greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (24). A decisão foi tomada em assembleia realizada na última quinta-feira (20), quando cerca de 4 mil profissionais deliberaram pela paralisação.
O grupo reivindica melhores condições de trabalho, reajuste salarial e a redução da jornada sem perda de remuneração.
Ainda nesta segunda-feira, os trabalhadores voltarão a se reunir em assembleia marcada para as 15h, em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na Avenida Afonso Pena. A categoria espera que o prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), apresente uma proposta concreta para evitar a continuidade da greve.
Entre as principais reivindicações está um reajuste salarial acima da inflação, com ganho real de 10%. Os profissionais também pedem a equiparação dos salários entre os trabalhadores que exercem as mesmas funções, o fim da escala 6×1 e a melhoria das condições estruturais nas escolas. Além disso, exigem que não haja descontos no vale-refeição em casos de afastamento por doença ou recessos escolares.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), a paralisação ocorre devido à falta de resposta da Prefeitura sobre as reivindicações apresentadas desde o início do ano. A entidade destaca que a proposta de reajuste de 7%, oferecida pela PBH e pela empresa Minas Gerais Administração e Serviços (MGS), é insuficiente para suprir as perdas salariais acumuladas.
A Secretaria Municipal de Educação (SMED) afirmou, em nota, que as negociações estão em andamento e que o reajuste proposto é superior à inflação de 2024, que foi de 4,83%. A pasta também ressaltou que as questões trabalhistas dos profissionais terceirizados são de responsabilidade exclusiva da MGS. Apesar da paralisação, a SMED informou que as escolas municipais continuam funcionando.
A MGS, responsável pela contratação dos profissionais terceirizados, também se manifestou. A empresa afirmou que tem mantido um canal aberto de negociação com os trabalhadores e que a proposta de reajuste oferecida é viável dentro das possibilidades financeiras da administração.
Os trabalhadores, por sua vez, garantem que a greve seguirá até que uma proposta mais justa seja apresentada. Caso não haja avanços na negociação, novas mobilizações e protestos podem ser realizados nos próximos dias.
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