Servidores da Prefeitura de Lagoa Santa foram afastados após a realização de uma poda irregular de árvores que resultou na morte de 66 garças na orla da Lagoa Central. O episódio ocorreu na última segunda-feira (10), quando oito árvores foram podadas sem autorização do Instituto Estadual de Florestas (IEF). A ação gerou grande impacto ambiental e revolta na comunidade local.
O prefeito Breno Salomão anunciou o afastamento dos envolvidos, mas não especificou quantos servidores foram removidos de seus cargos. A medida foi tomada um dia após a repercussão do ocorrido, que também deixou dezenas de aves feridas. As cenas de filhotes sem ninhos e aves agonizando geraram indignação entre ambientalistas e moradores.
O Instituto Estadual de Florestas (IEF) confirmou que não houve solicitação de autorização para manejo das aves, procedimento obrigatório antes da execução do serviço. Como consequência, um auto de infração foi protocolado contra a Prefeitura de Lagoa Santa. No entanto, o valor da multa ainda não foi divulgado.
Além disso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou uma “Notícia de Fato” na 2ª Promotoria de Justiça de Lagoa Santa para apurar as circunstâncias do corte irregular das árvores. A Prefeitura deverá prestar esclarecimentos e, caso sejam constatadas irregularidades, poderá haver responsabilizações legais.
Imagens das aves mortas e feridas reforçaram a comoção pública, impulsionando protestos de organizações ambientais e culturais da região. O Bloquinho da Lagoa e sua Charanga, grupo cultural local, cancelou um evento previsto para a Praça Piquenique Literário em respeito ao local afetado e em solidariedade ao sentimento de consternação.
Em resposta às repercussões, o prefeito Breno Salomão gravou um vídeo ao lado de agentes da Polícia Ambiental, afirmando que notificações e multas foram aplicadas pelo crime ambiental. O gestor destacou que a sindicância administrativa foi instaurada para apurar as responsabilidades dos envolvidos, enfatizando a necessidade de transparência na investigação.
Organizações de proteção ambiental e moradores continuam mobilizados, exigindo justiça pelo dano causado à fauna local. Enquanto isso, as aves sobreviventes estão sendo tratadas no Centro de Tratamento e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) e, após reabilitação, serão soltas na natureza.
Repercussão e desdobramentos
A poda irregular que resultou na morte de 66 garças em Lagoa Santa gerou forte indignação na comunidade e mobilizou grupos culturais e ambientais. Nas redes sociais, imagens das aves mortas e agonizando em caixas de papelão repercutiram amplamente, intensificando a pressão sobre a administração municipal.
Organizações ambientais como o Grupo de Resgate Animal de Belo Horizonte (GRABH) têm se posicionado publicamente contra o ocorrido, exigindo ações efetivas para prevenir novos episódios. O Ministério Público segue investigando o caso, enquanto moradores e ambientalistas aguardam a conclusão das investigações e possíveis penalizações aos responsáveis.
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