A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão em escritórios e residências nos municípios de Jaíba e Janaúba, no Norte de Minas Gerais, nesta quinta-feira (13). As apreensões fazem parte da operação “Sinistro Fantasma”, que visa desarticular o esquema de um grupo que utilizava documentos falsificados para solicitar indenizações indevidas ao seguro DPVAT.
Segundo a corporação, a ação foi fruto de uma apuração que começou após uma denúncia da Caixa Econômica Federal, que identificou padrões suspeitos em diversos pedidos de indenização. Durante as investigações, foi constatado que um único intermediário atuava como procurador em mais de 250 solicitações, das quais 157 foram indeferidas por inconsistências documentais. Outras 92 resultaram em pagamentos indevidos.
Conforme a Polícia Federal, o grupo falsificava boletins de ocorrência, laudos médicos e outros documentos para simular acidentes de trânsito que nunca ocorreram. Em alguns casos, as supostas vítimas não estavam envolvidas nos incidentes relatados. Em outros, as lesões descritas eram incompatíveis com os eventos narrados.
Um exemplo, apurado pela instituição, foi o de uma criança que recebeu indenização apesar de o boletim registrar apenas escoriações leves, enquanto o laudo médico fraudado indicava uma gestação.
A investigação também revelou que uma mesma motocicleta foi utilizada em 21 acidentes diferentes, sempre com condutores distintos, no período de menos de um ano. As ocorrências apresentavam circunstâncias semelhantes, sugerindo um padrão de falsificação documental.
O esquema criminoso contava ainda com a participação de um profissional da área médica, que emitia laudos falsificados para facilitar a liberação dos pagamentos.
Durante as diligências realizadas nesta quinta-feira, foram recolhidos documentos, celulares e computadores que poderão auxiliar na conclusão do inquérito policial. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos no esquema fraudulento.
Os suspeitos podem responder por estelionato qualificado, crime que prevê pena de até seis anos de reclusão. A Polícia Federal informou que continuará a apuração para desmantelar toda a organização criminosa e coibir novas fraudes ao sistema do Seguro DPVAT.
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