Uma mulher, de 22 anos, foi indiciada por envenenar seu namorado, de 27, provocando sua morte, com chumbinho escondido em pedaços de pizza que ela mesma teria servido à vítima na casa onde ela morava. O crime aconteceu em 28 de dezembro do ano passado, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e a principal suspeita é que teria sido motivado pelo “furo” do homem ao casamento.
Conforme a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), no dia do crime, a suspeita teria ido com a vítima até a casa da família dele e na sequência eles foram para a casa dela, onde foi oferecida a pizza envenenada. A ideia era cavar um buraco e esconder o corpo, mas, durante a madrugada, o homem passou mal e ela negou socorro.
Na manhã seguinte, ainda vivo, ela teria colocado uma fita adesiva nas vias aéreas dele, depois o enrolado em um cobertor e um plástico filme, lacrado com fita adesiva.
Com o corpo do ex-noivo escondido em casa, a mulher foi ao trabalho (ela era cuidadora de idosos) e, ao final do dia, foi ao shopping e ao cinema com uma prima, a quem relatou todos os acontecimentos. “Ela usou o carro da própria vítima para fazer os trajetos. Enquanto isso, a família do rapaz estava mandando mensagens a fim de descobrir o paradeiro dele”, descreveu o inquérito da PCMG.
Quando soube que os familiares do namorado a procuravam, a mulher abandonou o veículo em outro bairro e retornou para casa. Durante a madrugada, retirou o corpo do local onde o havia escondido e tentou fazer uma cova. Antes do amanhecer, ateou fogo no carro da vítima e voltou para casa.
Na manhã segunte ao ocorrido, a mãe da investigada teria interrogado a sobrinha (que foi ao shopping com a mulher), que acabou delatando a parente. A mãe então foi até a casa da suspeita e a pressionou a confessar o crime. “Inicialmente, a investigada tentou fugir, mas foi contida por familiares que acionaram a polícia e a prenderam em flagrante”, relatou a Polícia.
O envenenamento
Segundo o delegado Marcus Rios, responsável pelo inquérito policial, a vítima se via pressionada a se casar e, dias antes da cerimônia, o casal teve um desentendimento. “Em 18 de dezembro, data marcada para a cerimônia, a vítima não compareceu e, neste mesmo dia, conforme apuramos, a suspeita já teria iniciado os planos para assassiná-lo”, afirmou o ele.
Cinco dias depois do suposto casamento, a mulher teria buscado informações sobre a compra de chumbinho, veneno utilizado contra ratos, com um homem com quem mantinha um caso extraconjugal, o qual foi ouvido no inquérito da Polícia como testemunha.
Testemunhas relataram que o relacionamento dos dois era conturbado e ela constantemente o agredia verbalmente. O casamento teria sido imposto por ela e o anúncio da data teria chocado os familiares.
A jovem teve a prisão convertida em preventiva e foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e envenenamento, além de fraude processual, ocultação de cadáver e incêndio, já que ao abandonar o carro do ex, ainda ateou fogo no veículo.
Ela permanece presa à disposição da Justiça.
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