Manifestantes protestam contra pedágios na MG-010 em frente à Cidade Administrativa

Centenas de manifestantes se reuniram em frente à Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, para protestar contra a instalação de pedágios na MG-010. Na manhã desta sexta-feira (28). O ato faz parte de uma mobilização contra o projeto de concessão de rodovias do Vetor Norte, apresentado pelo governo de Romeu Zema (Novo).

Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes expressaram preocupação com os impactos financeiros, com a possível cobrança de pedágios, e sociais da medida.

Durante o ato, uma das faixas da rodovia, que cerca a sede administrativa do governo, no sentido Belo Horizonte chegou a ser interditada, resultando em congestionamento de quase dois quilômetros, especialmente na região do conjunto Morro Alto, em Vespasiano. Por volta das 7h40, a situação foi parcialmente normalizada, com os manifestantes se concentrando no acostamento e na calçada.

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Os protestos visam o projeto do governo que prevê a concessão de 123,4 quilômetros de rodovias, abrangendo 13 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, como Confins, Lagoa Santa e Sete Lagoas. Estão previstas 12 praças de pedágio, com tarifas variando entre R$ 1,66 e R$ 5,04. A previsão é de que as cobranças começam em 2027, mas a proposta já gerou forte reação entre parlamentares e a população afetada.

Na última quinta-feira (27), o tema foi debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Parlamentares contrários ao projeto, como Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (PSOL), argumentaram que a cobrança de pedágios em rodovias essenciais pode prejudicar economicamente a população da região. Representantes do governo, por outro lado, defenderam que a concessão é necessária para garantir investimentos na infraestrutura viária.

A mobilização popular reforça a necessidade de diálogo entre o governo e os cidadãos impactados pela concessão. Diante da repercussão negativa, o tema deve continuar sendo discutido nos próximos dias, tanto na ALMG quanto entre as comunidades diretamente afetadas pelo projeto.