Superintendência recua sobre suspensão de mototáxi em BH

O superintendente do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans, voltou atrás na decisão de suspender o serviço de mototáxi em Belo Horizonte por 90 dias. A revisão do pedido foi anunciada na última quinta-feira (23), após um protesto organizado por mototaxistas e uma reunião com vereadores, trabalhadores e representantes do Executivo.

Inicialmente, Calazans havia defendido a suspensão temporária para discutir a regulamentação e a fiscalização do serviço. Contudo, diante da pressão da categoria e do impacto da medida, ele decidiu criar uma comissão para desenvolver propostas regulatórias em até 20 dias.

Conforme o informado, a comissão será composta por membros da prefeitura, do Ministério do Trabalho, vereadores da Câmara Municipal e sete representantes dos trabalhadores.

Durante a manifestação, que culminou na revogação da orientação, dezenas de motociclistas protestaram pelas ruas da capital, bloqueando faixas da Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte. O ato, que incluiu um “buzinaço” e cartazes com mensagens de repúdio, gerou congestionamento na região e chamou atenção para a insatisfação da categoria.

Em pronunciamento, o prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), garantiu que o serviço não será interrompido. Ele enfatizou a necessidade de intensificar ações educativas e de fiscalização para garantir a segurança de motociclistas e passageiros, além de confirmar que a prefeitura estuda a implementação de faixas exclusivas para motos.

Calazans reforçou que, embora tenha recuado na suspensão, a regulamentação do serviço continua sendo prioridade. Ele afirmou que é essencial abordar o problema de forma colaborativa, ouvindo os trabalhadores e considerando propostas que garantam mais segurança e organização no trânsito.

A convocação das empresas de aplicativo para o debate também foi destacada pelo superintendente, que acredita na necessidade de um diálogo mais amplo sobre a regulamentação.