O teste do pezinho, parte do Programa de Triagem Neonatal (PTN-MG), passará a identificar 60 doenças em recém-nascidos em Minas Gerais, um aumento em relação às 23 condições atualmente tratadas. A informação foi divulgada pelo governo estadual, na sede do Executivo, no bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (9).
O exame, que identifica doenças raras de origens metabólicas, genéticas e infecciosas, é essencial para um diagnóstico precoce e o início imediato de tratamentos. A mudança está prevista para janeiro de 2025.
O exame consiste na coleta de sangue do calcanhar do bebê e, após análise no Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) da UFMG, os resultados são disponibilizados online. Quando há alterações, a cidade do paciente é informada para agendar consultas e exames confirmatórios. Em caso de diagnóstico positivo, o tratamento é iniciado pelo SUS.
Atualmente, o teste do pezinho é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todas as 853 cidades mineiras. O estado cumpre as etapas previstas pela lei federal que ampliou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), contemplando agora grupos de doenças antes não diagnosticadas, como a atrofia muscular espinhal (AME) e imunodeficiências primárias graves, adicionadas na fase 2 de expansão do programa.
O histórico recente do teste no estado revela que a triagem ampliada começou em 2022, com 20 doenças sendo diagnosticadas. Desde então, mais condições foram incluídas gradualmente, culminando na ampliação para 60 doenças prevista para a fase 3, que será implementada em 2025.
O diagnóstico precoce proporcionado pelo exame amplia as opções de tratamento, podendo amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das crianças e de suas famílias. Essa ampliação representa um avanço significativo na saúde neonatal, alinhando Minas Gerais às exigências da legislação nacional.
Desde a sanção da lei federal em 2021, que busca aprimorar o teste do pezinho em todo o país, estados enfrentam dificuldades para implementar as mudanças. Iniciativas como esta representam um esforço em prol de diagnósticos mais amplos e precisos, contribuindo para a prevenção e tratamento eficaz de doenças raras.