Motorista de carreta suspeito de causar acidente na BR-116 é liberado

O caminhoneiro Arilton Bastos Alves, suspeito de causar o grave acidente na BR-116 em Minas Gerais, foi liberado após prestar depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (23). Ele se apresentou à delegacia de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, acompanhado de seus advogados. O acidente, ocorrido na madrugada do último sábado (21), resultou em 41 mortes, sendo uma das piores tragédias rodoviárias do estado.

De acordo com a Polícia Civil, Arilton, de 49 anos, não permaneceu detido porque o pedido de prisão preventiva foi indeferido pela Justiça, e a prisão em flagrante já não era possível. Seu advogado, Raony Scheffer, alegou que a responsabilidade pelo acidente não recai sobre o motorista da carreta, mas sim sobre uma falha mecânica no ônibus envolvido na colisão.

Acidente

A colisão na BR-116 envolveu um ônibus, uma carreta e um carro. As investigações preliminares da Polícia Civil indicam que o acidente pode ter sido causado por uma pedra de granito que se soltou da carreta. Notas fiscais mostram que a carga de granito saiu do Ceará com destino ao Espírito Santo. Há suspeitas de excesso de peso no transporte, embora a defesa do caminhoneiro negue tal acusação, assim como a de excesso de velocidade.

Histórico do motorista

As forças de segurança revelaram que Arilton estava com a carteira de motorista apreendida desde 2022. Ele perdeu o direito de dirigir após ser parado em uma blitz da Lei Seca em Mantena, no Vale do Rio Doce, quando se recusou a realizar o teste do bafômetro. Mesmo sem habilitação, ele continuava a dirigir, agravando sua situação legal.

Investigação

A Polícia Civil segue analisando as causas do acidente. A hipótese de falha mecânica no ônibus está sendo considerada pela defesa, mas a investigação também examina a responsabilidade do motorista da carreta devido ao transporte irregular da carga. Perícias adicionais determinarão os fatores que contribuíram para a tragédia.