A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) manifestou preocupação com o aumento de quase 10% no valor da tarifa dos ônibus coletivos da capital mineira, que passará a vigorar a partir do dia 1º de janeiro. Os usuários terão que reembolsar R$ 5,75 nas passagens de linhas convencionais e do Move.
Segundo a CDL/BH, o reajuste trará impactos negativos para o planejamento administrativo e financeiro das empresas, além de afetar diretamente o poder de compra da população.
Falta de aviso prévio
De acordo com Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, a falta de um aviso prévio de pelo menos 30 dias dificultou a adaptação dos comerciantes ao novo cenário.
“Solicitamos ao Executivo que houvesse um aviso prévio para que os comerciantes pudessem se adequar ao novo preço da passagem. Infelizmente, isso não aconteceu e chegamos ao fim do ano sendo prejudicados por esses reajustes. Os lojistas da capital, que em sua maioria são de médio e pequeno porte, terão que arcar com custos que não estavam previstos”, afirmou o dirigente.
Impactos no comércio
Souza e Silva também alertou para as consequências do aumento nos custos das empresas, o que pode limitar investimentos futuros.
“Com o aumento de custos, o comerciante precisa realocar verbas para manter o funcionamento básico, como o transporte dos funcionários. Isso compromete outras iniciativas, como expansão, valorização do colaborador e criação de novos postos de trabalho”, explicou.
Redução no poder de compra da população
Outro ponto enfatizado pela CDL/BH é o impacto no consumo das famílias. “Com o aumento da passagem, o orçamento das famílias fica mais apertado, e as pessoas tendem a reduzir o consumo. Isso prejudica o desempenho do comércio, que é o principal gerador de empregos na cidade”, destacou Souza e Silva. Ele lembrou que o aumento de preços, especialmente em itens de primeira necessidade, já vinha restringindo o consumo da população.
Mobilidade urbana
A CDL/BH também apontou outros problemas gerados pelo aumento da tarifa, como o agravamento da mobilidade urbana e o aumento da desconfiança da população em relação ao poder público. “Com a passagem mais cara, mais pessoas tendem a adquirir um veículo próprio, especialmente motocicletas, que são mais acessíveis. Isso piora o trânsito e aumenta o número de acidentes, sobrecarregando o sistema de saúde pública”, alertou Souza e Silva.
Além disso, o dirigente destacou a insatisfação crescente dos cidadãos com a qualidade do transporte público. “Os moradores percebem que, apesar de contestar e manifestar insatisfação, o preço do serviço continua subindo enquanto a qualidade segue o caminho oposto”, finalizou.
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