Márcio da Rocha Souza e Bruna Cristine dos Santos, pai e madrasta de Ian Almeida Rocha, de 2 anos, foram condenados pelo assassinato do menino, ocorrido em 10 de janeiro de 2023. O julgamento foi concluído na madrugada desta quinta-feira (12), em Belo Horizonte. Relembre o caso de homicídio.
Márcio da Rocha Souza foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado por motivo torpe e contra menor de 14 anos. Ele está preso desde janeiro de 2023, na Penitenciária Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves. Bruna Cristine dos Santos recebeu uma pena de 35 anos, também em regime fechado, por homicídio quadruplamente qualificado, motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, e contra menor de 14 anos. Ela está detida no Presídio de Vespasiano desde os dias que sucederam o crime.
O julgamento
Durante o julgamento, Bruna afirmou que o pai de Ian agrediu o menino após um incidente doméstico. Segundo ela, Márcio ficou irritado porque o menino urinou na cama, o agrediu e o jogou no chão. A madrasta relatou ainda que a criança vomitou antes de convulsionar. No hospital, ela teria mentido sobre a origem dos ferimentos para proteger o companheiro.
Márcio, por outro lado, negou ter participado do crime e afirmou estar trabalhando na noite em que o filho começou a passar mal. Ele disse ter recebido uma mensagem da madrasta mencionando um choque entre Ian e outra criança. No entanto, jurados consideraram que ele poderia ter evitado a tragédia ao retornar imediatamente para casa quando foi informado do estado de saúde do filho.
Decisões e testemunhos
O juiz Michel Curi e Silva, do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, proferiu a sentença baseada nos depoimentos de testemunhas e nas evidências médicas. Laudos apontaram que a gravidade do traumatismo craniano sofrido por Ian era incompatível com uma queda de sua altura, sugerindo uso de instrumento contundente.
A mãe de Ian, que se separou de Márcio devido ao comportamento agressivo, afirmou que tentou limitar o contato do menino com o pai, mas foi impedida por decisão judicial. Ela relatou ter feito boletins de ocorrência após o filho voltar da casa do pai com lesões anteriores ao episódio fatal.
A defesa de Márcio declarou que irá recorrer da sentença, buscando redução da pena ou novo julgamento. Já a advogada de Bruna ainda não comentou o caso.
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