As intensas chuvas que atingem Minas Gerais desde setembro deste ano levaram 13 cidades a decretarem situação de emergência, conforme divulgado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). O período chuvoso já resultou em 140 pessoas desabrigadas e 293 desalojadas. Municípios como Brazópolis, Uberaba, Alfenas, Conselheiro Pena e Franciscópolis enfrentaram tempestades, vendavais e enchentes, que causaram significativos danos materiais e sociais.
Em boletim publicado neste domingo (24), a Cedec alertou para a situação crítica nos seguintes municípios: Brasópolis, Galiléia, Mendes Pimentel, Rochedo de Minas, Guaranésia, Uberaba, Tapira, Conselheiro Pena, Alfenas, Carlos Chagas, São José da Safira, São Geraldo do Baixio e Franciscópolis. O comunicado também destacou a primeira morte registrada neste período chuvoso no estado, ocorrida em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Morte de influenciadora digital
A vítima, Jhei Soares Martins, de 28 anos, foi arrastada por uma enxurrada após tentar escapar do carro que começou a alagar na Avenida Rondon Pacheco, em Uberlândia. A chuva intensa, que acumulou 55 mm em apenas 30 minutos, causou o transbordamento de vias e dificultou a mobilidade. O caso aconteceu na madrugada deste domingo e foi amplamente registrado por vídeos de moradores. Apesar dos esforços do Corpo de Bombeiros e do marido da vítima, ela não resistiu.
A tragédia gerou grande comoção. O governador Romeu Zema e o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, lamentaram a morte de Jhei e destacaram a necessidade de medidas preventivas em períodos de chuvas intensas. Nas redes sociais, mensagens de solidariedade de amigos, familiares e seguidores também foram acompanhadas de alertas da Defesa Civil sobre cuidados durante tempestades.
Alerta contínuo
Com o período chuvoso previsto para se estender até maio de 2025, a Cedec reforçou a importância de seguir orientações para evitar tragédias. A população pode se cadastrar para receber alertas meteorológicos por SMS ou WhatsApp e acompanhar atualizações pelos canais oficiais. Entre as principais recomendações estão evitar áreas de alagamento, buscar abrigo seguro durante tempestades e acionar os serviços de emergência em situações de risco.
A Cedec também destacou o aumento de 85,7% no número de decretos de emergência em comparação ao mesmo período do ano passado. Com isso, as autoridades seguem monitorando as regiões vulneráveis e adotando medidas para minimizar os impactos das chuvas, enquanto as comunidades atingidas tentam se reerguer diante das perdas.