A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou uma operação na quarta-feira (30/10) que culminou na prisão de cinco suspeitos envolvidos no brutal assassinato de uma mulher de 33 anos, ocorrido no Morro das Pedras, em Belo Horizonte, no fim de setembro. A vítima foi espancada até a morte após ser acusada de furtar um carregador de pistola por traficantes locais.
Brutalidade e crueldade
De acordo com as investigações, a mulher foi agredida fisicamente com chutes e socos em um beco, após ser acusada do furto. Em seguida, foi arrastada por cerca de 200 metros e, em seguida, atirada de uma ribanceira de 20 metros. A violência do crime chocou a cidade e mobilizou as forças de segurança.
Crime organizado
A Polícia Civil identificou que os suspeitos fazem parte de uma organização criminosa de abrangência nacional, com histórico de atividades violentas na região. Durante a operação, foram apreendidas armas de fogo, munições, celulares e outros materiais que serão analisados para dar continuidade às investigações.
Prisões
Quatro dos suspeitos foram presos, sendo dois em flagrante no dia do crime e outros dois por mandados de prisão temporária. Um quinto envolvido continua sendo procurado pelas autoridades. Durante a prisão de um dos suspeitos, houve resistência e uma tentativa de tomar a arma de um policial, o que demonstra a periculosidade do grupo.
Investigações
A delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, da 5ª Delegacia Especializada em Homicídios (DEH), destacou a importância da operação e o trabalho conjunto com a Polícia Militar. Até o momento, 11 testemunhas e envolvidos foram ouvidos, e o inquérito policial permanece aberto para apurar a participação de outros suspeitos e reunir mais provas.
Indiciamento
Todos os cinco suspeitos foram indiciados por homicídio qualificado por tortura, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A qualificadora por tortura se justifica pela crueldade e sofrimento causados à vítima durante as agressões. O motivo torpe se refere à vingança dos criminosos pela suposta ação da vítima, e o recurso que dificultou a defesa da vítima se refere ao fato de a mulher ter sido arrastada e atirada de uma ribanceira.