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Equipe técnica avalia danos após rompimento da barragem na Lagoa do Nado, em BH

Equipe técnica avalia danos após rompimento da barragem na Lagoa do Nado, em BH - Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Equipe técnica avalia danos após rompimento da barragem na Lagoa do Nado, em BH - Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

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  1. PBH

Uma equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) realizou, na manhã desta quinta-feira (14), uma vistoria no Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, no bairro Itapoã, região da Pampulha, em Belo Horizonte, após o rompimento da barragem de contenção do lago. O incidente ocorreu na tarde de quarta-feira (13), após fortes chuvas na região, com o volume de precipitação ultrapassando os 70 milímetros em apenas duas horas.

O lago, que ocupa uma área de 22 mil metros quadrados e contém cerca de 63 milhões de litros de água, foi afetado pelo rompimento da barragem, causando alagamentos na região e a interdição temporária da Avenida Dom Pedro I, que passa pela galeria de extravasão do lago. O parque está fechado para visitação, e a reabertura depende da avaliação dos danos.

De acordo com o assessor do núcleo de emergência ambiental da SEMAD, José Alves Pires, os analistas ambientais foram acionados para uma verificação das áreas atingidas, assim como para uma avaliação da possibilidade de novos danos. “Foi notado que um pouco acima da lagoa há um acumulado de solo e água, o que é normal, e também no fundo da lagoa ocorre essa deposição natural de resíduos sólidos que são depositados ao longo do tempo com as chuvas e enxurradas. Os analistas estão verificando se esse material também tem potencial de ser carreado para as galerias e a bacia”, afirmou Pires.

O objetivo da vistoria foi identificar riscos de novos rompimentos ou deslizamentos, além de buscar formas de evitar que o material acumulado seja levado pelas águas, causando ainda mais danos. Uma das soluções em análise foi a montagem de uma ensacadeira para limitar o aumento da água, formando um pequeno dique de sacos de areia.,mas outras soluções seguem sendo pensadas.

PBH

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte esclareceu que os documentos previstos na legislação, que garantem a segurança da barragem em situações de cheia encontram-se todps regularizados, contando com a emissão de Planos de Segurança, Plano de Ação de Emergência, Inspeções Regulares e monitoramento periódico, devidamente apresentados ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), que é o órgão fiscalizador em Minas Gerais.

Ainda segundo o órgão, nas últimas Inspeções Rotineiras de Segurança de Barragens realizadas em outubro de 2024, as quais possuem frequência mensal e são realizadas por consultoria externa especializada, foi verificado que nenhuma barragem apresentava situação de emergência ou fator que implicasse risco à estabilidade das estruturas.

A PBH informou que já iniciou a contratação de uma inspeção especial, com consultor especializado externo, para elaborar um relatório detalhado sobre as possíveis causas e ações a serem adotadas para restabelecer o espelho d’água.

O comunicado também indica queapós essas primeiras análises serão feitos os estudos e projetos para a reconstrução da barragem por meio de processo licitatório. Ainda não é possível estimar o início das obras.

Paralelamente, uma equipe da Prefeitura de BH trabalha no local para a limpeza e requalificação da área onde a água passou após o rompimento, evitando a obstrução das redes de drenagem.

Equipes da Fundação Municipal de Parques, Guarda Municipal, Ibama e Secretaria Municipal de Meio Ambiente seguem também trabalhando no resgate de animais atingidos e analisando os prejuízos causados à fauna do parque, que tem 311 mil metros quadrados de área.

A Defesa Civil de Belo Horizonte também acompanha a situação e alertou para o risco de deslizamentos e desabamentos na região devido ao alto volume de chuvas. O comunicado de risco válido até segunda-feira (18) recomenda atenção especial ao grau de saturação do solo e à estabilidade das construções. “Tendo isso em vista, pode ser necessário uma ampliação do sistema extravasor – a área por onde o excesso da água pode sair”, indicou o órgão.

Por enquanto, o parque continuará fechado, e as autoridades aguardam a conclusão da vistoria e das medidas emergenciais. Não há previsão de reabertura para o local, e a população deve permanecer atenta às atualizações da Defesa Civil e da SEMAD.

* Sob supervisão de Elberty Valadares

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