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Custo de vida aumenta em BH; luz e gás de cozinha contribuem para alta da inflação

Custo de vida aumenta em BH; luz e gás de cozinha contribuem para alta da inflação - Foto: Divulgação/PBH

Custo de vida aumenta em BH; luz e gás de cozinha contribuem para alta da inflação - Foto: Divulgação/PBH

O Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis do Estado de Minas Gerais (Ipead) da UFMG divulgou os resultados de suas pesquisas realizadas com a população de Belo Horizonte no mês de outubro. No período, foi observada uma melhora na percepção dos consumidores sobre o cenário econômico, apesar de uma alta significativa no valor da cesta básica e no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Confiança do Consumidor

Um dos principais indicadores revelados pela pesquisa foi o Índice de Confiança do Consumidor (ICC-BH), que registrou uma alta de 3,44% em outubro, alcançando 41,36 pontos. A melhora na percepção dos consumidores sobre a inflação foi um dos destaques do estudo, que também apontou um aumento de 11,48% na percepção sobre o emprego.

A pretensão de compra teve a maior variação negativa no mês. Ainda assim, o levantamento indica que os setores de Vestuário e calçados, Veículos e Turismo lideram a intenção de compra, com 17,97%, 11,52% e 7,83% das preferências, respectivamente.

Inflação

O estudo de impacto inflacionário revelou que o custo de vida em BH, medido pelo IPCA, subiu 0,70% em outubro, frente a 0,62% em setembro de 2024. A inflação percebida por famílias com rendas entre um e cinco salários mínimos, captada pelo Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), foi de 1,21%, sinalizando uma variação mais acentuada.

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou uma alta de 7,91%, enquanto o IPCR chegou a 7,97%. Entre os itens que mais impactaram a inflação estão as tarifas de energia elétrica residencial, alimentação fora de casa e gás GLP. Em contrapartida, quedas nos preços de serviços odontológicos, tapetes e mamão ajudaram a mitigar o aumento de preços para a população.

Cesta Básica

A pesquisa também analisou o custo da cesta básica, que apresentou um aumento significativo de 5,63% em outubro, alcançando R$ 727,19. A cesta básica acumula uma alta de 8,62% nos últimos 12 meses.

O custo atual da cesta básica representa 51,50% do salário mínimo vigente, sendo R$ 57,73 mais alto em comparação a outubro de 2023, evidenciando uma perda no poder de compra da população. Entre os 13 itens que compõem a cesta básica, o tomate, a banana caturra e o chã de dentro registraram as maiores altas de preço, contribuindo significativamente para o aumento do custo total.

No acumulado do ano, o café moído se destacou com a maior alta (57,34%), enquanto o feijão carioquinha apresentou a maior queda (-20,58%). No total, a cesta básica registrou um aumento acumulado de 4,87% em 2024.

* Sob supervisão de Elberty Valadares

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