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Criança com paralisia cerebral é encontrada morta com sinais de maus-tratos em Sete Lagoas

Criança com paralisia cerebral é encontrada morta com sinais de maus-tratos em Sete Lagoas - Foto: Divulgação/Depositphotos

Criança com paralisia cerebral é encontrada morta com sinais de maus-tratos em Sete Lagoas - Foto: Divulgação/Depositphotos

Uma mulher, de 27 anos, e o companheiro dela, de 23 anos, foram presos no bairro Santo Antônio, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas. A prisão ocorreu após a polícia encontrar o corpo do filho da mulher, de 4 anos, com sinais de maus-tratos e desnutrição, na noite deste domingo (17). A criança tinha o quadro de paralisia cerebral desde os 8 meses.

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pela funcionária de uma funerária, que foi contratada para fazer a retirada do corpo da criança no interior do domicílio do casal.

Segundo a mulher, a criança apresentava sinais de maus-tratos, como ferimentos pelo corpo, grave quadro de desnutrição, larvas de moscas na pele, fralda cheia de fezes e dentes praticamente todos estragados.

Ainda segundo a testemunha, a mãe da criança perguntava, a todo tempo, “se iria demorar muito para retirar o corpo” do local, temendo a chegada policial, e não demonstrava nenhum sentimento pela morte do filho.

Em conversa com a PM, a mãe da criança disse que o filho se alimentava por sonda. Nesse domingo, ela relatou que deu banho no filho pela manhã, o alimentou ao meio-dia e voltou ao quarto dele às 15h para dar nova alimentação, mas como ele dormia, ignorou e voltou só às 20h, quando encontrou a criança já fria e morta.

A polícia ainda encontrou um registro policial recente que mostra que um outro filho da mulher, de seis meses, morreu por asfixia. A mãe afirmou que a criança se engasgou com o leite materno durante a amamentação.

Questionada sobre os ferimentos no rosto da criança e das larvas na pele, ela disse não saber o motivo.

Após a perícia, o casal foi preso por homicídio causado por omissão e negligência. Eles optaram por ficar em silêncio. Os outros três filhos da mulher, de 9, 8 e 1 ano, ficaram com o Conselho Tutelar, que abrigou as crianças.

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