A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou, nesta segunda-feira (22), a investigação sobre o homicídio de um cabo da Polícia Militar (PMMG), ocorrido no dia 28 de setembro de 2024, em Belo Horizonte. O caso teve grande repercussão nas redes sociais, com as imagens do crime compartilhadas.
O inquérito foi conduzido pela Delegacia Especializada de Homicídios Noroeste, vinculada ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob a liderança do delegado Lucas Daniel Alves Nunes.
Crime
Na noite anterior ao crime, o cabo e outro policial militar, amigos há sete anos, comemoraram a fase de solteirice de um deles. Eles passaram por diversos bairros na região do bairro Castelo, onde consumiram bebidas alcoólicas. Após saírem de dois estabelecimentos, estacionaram o carro em frente a outro local.
No mesmo momento, dois suspeitos, que haviam saído de Ribeirão das Neves, chegaram à mesma área. Ao notar um problema no para-choque do carro, um dos suspeitos parou o veículo atrás do automóvel dos policiais, o que chamou a atenção da dupla. O comportamento dos homens foi considerado suspeito pelos militares, especialmente porque o veículo deles estava bloqueando a garagem de um imóvel.
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Conforme apuração da PCMG, um dos policiais se moveu em direção ao homem que consertava o para-choque, enquanto o outro estava na direção do passageiro do veículo. Ao anunciar que estava armado, o militar foi informado pelo passageiro, que, já alcoolizado e com antecedentes por tráfico de drogas, atirou contra os policiais, atingindo os dois. Um deles, mesmo ferido, não conseguiu reagir, e os atiradores ainda dispararam novamente enquanto o policial já estava caído. Os invasores fugiram, abandonando o veículo.
Fuga e captura
Ocorreu após o crime, a PCMG deu início às investigações. O colega da vítima, que sobreviveu ao ataque, prestou depoimento como testemunha-chave, auxiliando na identificação dos suspeitos.
Os dois homens fugiram da cena e pensaram em se deslocar para a região de Três Marias, mas enfrentaram problemas mecânicos com um dos veículos em Corinto, a 280 km de Belo Horizonte. A fuga contornou a ajuda de familiares que, sem saber da situação criminosa, procuravam auxiliá-los. Uma abordagem policial prendeu um dos suspeitos, mas o autor dos disparos conseguiu escapar para uma área de mata.
O fugitivo escondeu-se por dez dias, sobrevivendo à base de frutas e recebendo ajuda de pessoas que não sabiam de sua condição de foragido. A população da região, no entanto, informou à PMMG sobre sua localização, e, no dia 8 de outubro, ele se entregou sem resistência.
Com a prisão dos atiradores e a conclusão do inquérito, a PCMG destacou que a prisão preventiva do acusado já foi decretada. Ele foi autuado em flagrante, uma vez que houve uma perseguição contínua durante os dez dias em que ocorreram.
* Sob supervisão de Elberty Valadares