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MPMG aciona polícia para apurar crime de racismo: “Preto tem que entrar no chicote”

MPMG aciona polícia para apurar crime de racismo: "Preto tem que entrar no chicote" - Foto: Reprodução

MPMG aciona polícia para apurar crime de racismo: "Preto tem que entrar no chicote" - Foto: Reprodução

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acionou a polícia, neste fim de semana, para apurar um crime de racismo cometido por um homem de 36 anos. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o funcionário de um bar de Belo Horizonte criticou a abolição da escravidão no Brasil e disse que “preto tem que entrar no chicote” e “tem que tomar água do vaso”.

O homem foi identificado como Alessandro Pereira de Oliveira, funcionário de um bar no bairro Universitário, na Região da Pampulha, publicou o vídeo nas redes sociais dele na última sexta-feira (18).

Demitido

O sócio do bar afirmou que ficou sabendo do vídeo após ser abordado por clientes e questionado sobre a publicação. Ele disse ainda que Alessandro trabalhava há cerca de quatro meses no local e nunca tinha apresentado problemas no trabalho. Após ser demitido, o rapaz não retornou ao local.

Críticas à Lei Áurea

No vídeo, o homem chama a Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea para extinguir a escravidão no Brasil, de “maldita”.

“É, rapaz. Trabalhar em bar não é fácil, não. Tem que aturar cada uma! Maldita Princesa Isabel, que assinou aquela Lei Áurea para acabar com a escravidão. Preto tem que entrar no chicote e no tronco mesmo, tem conversa não. Vê se preto tem razão pra reclamar de copo. Tem que tomar água do vaso essa desgraça. Falar para você, viu? Eu tinha que ter vivido na época dos barões, cortar essa raça toda no chicote, amarrar no tronco e chicote estalando no lombo. Amarrar na caixa de ferro e deixar o dia todo no sol esses demônios. Falar para você, viu? Tenho que aturar macaco aqui me enchendo o saco”.

Antecedentes criminais

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou que Alessandro tem quatro passagens pelo sistema prisional, sendo a primeira delas em 2017.

Na última passagem pelo sistema prisional, ele recebeu o benefício de saída temporária pela Justiça e não retornou no prazo determinado, sendo registrado como fugitivo por abuso de confiança e, desde março deste ano, tem um mandado de prisão em aberto.

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