A Polícia Militar prendeu, nesta quarta-feira (23), Alessandro Pereira de Oliveira, de 36 anos, autor de um vídeo com ofensas racistas que viralizou nas redes sociais no último fim de semana. A corporação ainda não divulgou detalhes sobre o local da prisão e como o homem foi localizado. Uma coletiva de imprensa está marcada para o início da tarde para mais informações.
Alessandro Oliveira era considerado foragido da Justiça desde março deste ano, quando não retornou ao sistema prisional após ter o benefício da saída temporária. Com um extenso histórico criminal, o homem possui 66 registros policiais, incluindo ameaça, violação de domicílio, agressão, estelionato, difamação e outros crimes. A maioria das ocorrências foi registrada em Governador Valadares, sua cidade natal.
O vídeo racista, gravado em um bar da região da Pampulha, gerou revolta e indignação nas redes sociais. Nas imagens, Alessandro proferiu diversos xingamentos racistas contra uma cliente negra e fez apologia à escravidão.
A prisão de Alessandro é mais um capítulo na longa história criminal do homem. Ele já foi preso diversas vezes por diferentes crimes, demonstrando um histórico de violência e desrespeito à lei.
Um histórico de crimes
Alessandro tem passagens pela polícia desde 2017, quando foi preso pela primeira vez por um período de um mês. Em 2018, foi preso novamente por estelionato, aplicando o golpe conhecido como “sonho americano”. Em 2022, foi preso por violência doméstica.
Demitido
O sócio do bar afirmou que ficou sabendo do vídeo após ser abordado por clientes e questionado sobre a publicação. Ele disse ainda que Alessandro trabalhava há cerca de quatro meses no local e nunca tinha apresentado problemas no trabalho. Após ser demitido, o rapaz não retornou ao local.
Críticas à Lei Áurea
No vídeo, o homem chama a Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea para extinguir a escravidão no Brasil, de “maldita”.
“É, rapaz. Trabalhar em bar não é fácil, não. Tem que aturar cada uma! Maldita Princesa Isabel, que assinou aquela Lei Áurea para acabar com a escravidão. Preto tem que entrar no chicote e no tronco mesmo, tem conversa não. Vê se preto tem razão pra reclamar de copo. Tem que tomar água do vaso essa desgraça. Falar para você, viu? Eu tinha que ter vivido na época dos barões, cortar essa raça toda no chicote, amarrar no tronco e chicote estalando no lombo. Amarrar na caixa de ferro e deixar o dia todo no sol esses demônios. Falar para você, viu? Tenho que aturar macaco aqui me enchendo o saco”.