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Empresas de BH registram inadimplência mais baixa que a média nacional

Empresas de BH registram inadimplência mais baixa que a média nacional - Foto: Divulgação/CDL BH

Empresas de BH registram inadimplência mais baixa que a média nacional - Foto: Divulgação/CDL BH

As empresas de Belo Horizonte encerraram o mês de setembro com uma taxa de inadimplência inferior à registrada no restante de Minas Gerais e do Brasil.

Segundo um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o índice de inadimplência das pessoas jurídicas na capital mineira cresceu apenas 0,42% em relação ao mesmo período do ano passado. No cenário nacional, o aumento foi de 4,24%, enquanto, em Minas Gerais, o crescimento chegou a 3,69%. Na região Sudeste, o indicador foi de 4,38%.

Para o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, o resultado reflete uma resiliência das empresas belo-horizontinas frente às dificuldades econômicas. “As empresas da capital têm apresentado melhora em suas finanças e capacidade de pagamento ao longo de 2024, o que as torna mais preparadas para enfrentar as mudanças econômicas, ao contrário do que se observa no restante do país e do estado”, destaca.

Dívidas por empresa

O levantamento também apontou que o valor médio das dívidas das empresas em Belo Horizonte foi de R$ 5.685,22 em setembro. Esse número representa uma leve redução em comparação aos meses de junho (R$ 5.754,89) e julho (R$ 5.686,43), mas um pequeno aumento de 0,55% em relação a agosto (R$ 5.654,47).

Contas em atraso

Entre os tipos de dívidas mais comuns das empresas da capital, as maiores altas foram registradas em débitos com bancos (3,76%) e serviços de comunicação, como telefonia e internet (3,35%). Por outro lado, houve uma redução nas inadimplências em contas de água e luz (2,92%) e no comércio (4,49%).

O estudo também revelou quais setores foram mais impactados pela negativação de CNPJs no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os serviços lideram, representando 51,13% das empresas inadimplentes, seguidos pelo comércio (29,09%) e a indústria (6,33%). A agricultura foi o único setor a registrar uma queda, com redução de 0,12%, devido também as drásticas mudanças climáticas.

Tendências de inadimplência

O levantamento também analisou a evolução das dívidas por CNPJ ao longo de 2024. O índice alcançou seu pico em janeiro, com 7,70%, mas mostrou uma desaceleração nos meses seguintes. Após um aumento em março, houve recuo em abril e, em julho e agosto, os índices chegaram a ficar negativos, indicando um controle maior das finanças pelas empresas. No entanto, em setembro, o número de dívidas voltou a crescer, registrando um aumento de 0,92% em comparação ao mesmo mês de 2023.

* Estagiária sob supervisão de Elberty Valadares

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