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BH registra casos de infecção por superfungo Candida auris

Hospital de Pronto Socorro João XXIII - Foto: Divulgação/Fhemig

Hospital de Pronto Socorro João XXIII - Foto: Divulgação/Fhemig

Belo Horizonte está em alerta após a notificação de três casos de infecção por superfungo Candida auris , uma ameaça emergente à saúde global devido à sua resistência a tratamentos térmicos.

A informação foi divulgada pela Prefeitura de BH nesta segunda-feira (14). Além dos casos confirmados, outros 24 pacientes estão sendo monitorados por terem tido contato com os infectados.

A investigação desses casos está sendo conduzida pelo Hospital João XXIII, gerenciada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), com o acompanhamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Dois dos pacientes infectados já receberam alta: o primeiro no dia 20 de setembro e o no dia 2 de outubro.

O terceiro paciente permanece internado no Hospital João XXIII. Atualmente, 22 pessoas estão sendo monitoradas na unidade, aguardando os resultados dos exames. Todos os casos até o momento são assintomáticos.

Secretaria de Estado de Saúde de MG

Dois pacientes já tiveram alta (um em 20/9 e outro em 2/10) e os outros dois permanecem internados.

No total, até o momento, 39 pacientes foram testados, sendo:

O fungo possui alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente ao seu redor. Por isso, é de fundamental importância prevenir o contato com casos suspeitos, sendo que esses leitos são mantidos isolados.

Seguindo os protocolos de segurança sanitária em ambiente hospitalar, o Hospital João XXIII atualizou todas as medidas de controle e manejo para proteger os demais pacientes e profissionais da unidade, como a higienização das mãos, medidas de precaução de contato (uso de luvas e avental ) em casos suspeitos e testes para detecção de novos casos

A SES-MG monitora os casos suspeitos de infecção pelo fungo Candida aurisdesde

O que é o superfungo Candida auris

O fungo é altamente contagioso e se manifesta inicialmente na pele dos infectados, muitas vezes de forma assintomática. No entanto, quando penetra na corrente sanguínea, pode causar infecções invasivas graves, ambientais fatais, especialmente em pessoas com sistema imunológico comprometido.

No Brasil, o primeiro caso de Candida auris foi identificado em 2020, em Salvador, durante a pandemia de Covid-19. Desde então, houve uma preocupação crescente com o controle e prevenção da propagação desse superfungo. Em 2023, um hospital em Recife chegou a ser fechado temporariamente após registrar um caso de infecção, o que demonstra a seriedade com que as autoridades tratam a questão.

Com a alta transmissibilidade e a resistência da Candida auris aos tratamentos disponíveis, os profissionais de saúde de Belo Horizonte e de todo o Brasil seguem em alerta para identificar e conter a propagação dessa ameaça emergente.

* Sob supervisão de Elberty Valadares

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