Com foco no combate a uma organização criminosa atuante no aglomerado Jardim Teresópolis, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desencadeou, na última quarta-feira (3/7), a primeira fase da operação Monopólio, na cidade de Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Durante a ação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, sendo arrecadados diversos aparelhos eletrônicos e servidores utilizados para o fornecimento de internet.
Na ocasião, também foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva contra proprietários, sócios e colaboradores de uma empresa de internet, suspeitos de se vincularem a traficantes do aglomerado para exercer o monopólio do serviço na região.
Investigação
As investigações se iniciaram em março deste ano, após indivíduos vinculados ao tráfico de drogas realizarem o corte de cabos e derrubarem caixas de distribuição de internet de várias empresas prestadoras de serviço na região.
“Quando os técnicos das operadoras de internet tentavam fazer a manutenção para reestabelecer o sinal, eram ameaçados por integrantes da organização criminosa, inclusive com armas de fogo, e não podiam fazer o serviço”, contou a delegada Cristiane Floriano.
Ainda segundo a policial, as ameaças se estenderam a moradores do aglomerado, que foram coagidos a contratar os serviços de internet de uma empresa específica, indicada pela organização criminosa.
Esquema criminoso
De acordo com levantamos policiais, o corte e a derrubada das caixas ocorreu de maneira seletiva, sendo que equipamentos previamente pintados com tinta spray, na cor amarela, foram preservados pelos traficantes.
A delegada explicou que “a partir dessa informação, descobrimos que essas caixas pertenciam a uma empresa de internet, sendo a única que os técnicos podiam entrar no aglomerado e fazer o serviço de instalação”.
Por meio de investigações conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia em Betim, foi possível identificar a empresa de internet ligada ao narcotráfico. Com base nesses levantamentos, a PCMG representou pelas ordens judiciais contra os investigados e desmantelou as centrais vinculadas à organização criminosa investigada.
“As forças de segurança em Betim estão unidas e organizadas, monitorando e combatendo efetivamente qualquer tipo de criminoso que tente extorquir a sociedade”, exaltou o delegado regional em Betim Marcelo Cali.
As investigações prosseguem.