Um homem, de 45 anos, suspeito de esfaquear a ex-companheira, de 48, foi preso em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu enquanto a vítima estava dormindo, na casa dela.
Segundo a delegada Nicole Perim, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Vespasiano, tão logo os fatos ocorreram, a PCMG representou à Justiça pela prisão, cumprida no dia 7 deste mês, na mesma localidade onde o crime ocorreu. “A vítima relatou que um mês antes [do atentado] pediu para terminar e estava sendo ameaçada”, informa, ao observar que a mulher foi atingida seis vezes, sendo que um golpe alcançou a veia jugular e outro a traqueia; e os demais, as mãos dela, ao se defender.
A delegada pontua que a vítima conseguiu sair da residência e pedir socorro. “Um vizinho, que ouviu os gritos, veio ajudá-la, mas ela só teve tempo de falar que tinha sido agredida pelo namorado e ficou inconsciente”, conta. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e a vítima encaminhada para o hospital. “Agora ela está em casa e fez pedido de medida protetiva, já deferida, com proibição de aproximação e contato do suspeito com a vítima”, completa.
Histórico
De acordo com Nicole Perim, a vítima relatou que mora no mesmo terreno em que o investigado, e por seis meses eles se relacionam amorosamente. “Ela falou que sempre foi um relacionamento muito conturbado e que sofreu diversos tipos de violências – física, sendo que quase ficou cega em virtude de um soco que ele desferiu nela, e psicológica, com ofensas, – mas ela nunca procurou a polícia”, assinala.
A delegada informa que, ao ser interrogado, o suspeito negou todos os fatos, até mesmo que tivesse qualquer tipo de relacionamento amoroso com a vítima, e chegou a dizer que a mulher foi quem o atacou, mas não chegou a procurar atendimento médico, e que não sabia como ela tinha se machucado. O homem se encontra no sistema prisional, à disposição da Justiça.
Denuncie
“A orientação que a gente dá às mulheres é que, no primeiro sinal de violência, procurem a polícia, busquem ajuda e tentem terminar com esse relacionamento e fazer o pedido de medida protetiva, para que rompa esse ciclo de forma efetiva”, ressalta Nicole Perim.
O registro pode ser feito diretamente em unidade policial, via disques 180 ou 181 e também pela DELEGACIA VIRTUAL nos casos de ameaça, vias de fato/lesão corporal e descumprimento de medida protetiva. Acesse o manual produzido pela Polícia Civil e saiba mais sobre o tema (clique AQUI ).