A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito policial que investigou tortura e morte de dois homens, de 25 e 29 anos, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O crime ocorreu no dia 15 de outubro do último ano, e foram indiciados 11 integrantes de uma organização criminosa, com idades entre 20 e 37 anos. Destes, quatro já estão presos preventivamente e à disposição da Justiça.
Conforme apurações da Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios em Ribeirão das Neves, as vítimas foram capturadas pelo grupo criminoso e levadas para uma casa utilizada pelos integrantes para a prática de crimes, situada no bairro Santa Paula. No local, os dois homens foram torturados e assassinados. Em seguida, eles foram levados para um matagal na região do bairro San Marino e carbonizados.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Marcus Rios, os crimes tiveram diversas motivações. “Uma das vítimas teve um relacionamento com a ex-companheira de um dos investigados. Essa mesma vítima participou de um assalto a uma mina no interior do estado e um dos comparsas não queria fazer a partilha correta do produto do crime, pelo que instigou o grupo criminoso a praticar o homicídio”, revelou o delegado.
“Além disso, ambas as vítimas estavam praticando tráfico de drogas na região dominada pelo grupo criminoso”, completou Rios, acrescentando que o grupo é responsável por ao menos outras duas mortes na região, sendo que uma das vítimas também foi carbonizada.
Após a identificação dos investigados, a PCMG efetuou diversas operações para cumprimento das prisões, resultando também na apreensão de parte das cordas utilizadas pelos suspeitos para imobilizar as vítimas no momento dos crimes. A primeira das ações foi desencadeada em 15 de dezembro de 2023 e, em seguida, novas prisões foram efetuadas nos dias 14 de janeiro e 12 de fevereiro deste ano.
Com a conclusão de um inquérito com mais de 700 páginas, todos os suspeitos foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio qualificado por motivo torpe, por tortura e por meio que impossibilitou a defesa das vítimas. Alguns também responderão pela destruição de cadáver e outros por coação no curso do processo. Os foragidos estão com mandados de prisão em aberto e seguem sendo procurados pela polícia.
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