O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) converteu a prisão temporária para preventiva do cabo da Polícia Militar (PM) Aldir Gonçalves Ramos, de 41 anos, suspeito de balear o vigilante Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, no último sábado (30).
Durante audiência de custódia realizada na tarde desta segunda-feira (2) no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto determinou que o policial permaneça preso preventivamente.
“[…] denotando-se o fato de que o autor, Cabo da Polícia Militar, durante entrevero aparentemente relacionado a briga de trânsito, envolvendo a vítima, motorista de Uber, sacou sua arma de fogo, sendo efetuado disparo contra a cabeça da vítima, região vital, sendo submetida a cirurgia, em tese, sofrendo lesão gravíssima, a par do que ainda será elucidado nos autos”, afirmou juiz em decisão.
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A magistrada relatou ainda que “os fatos se deram em um sábado a tarde, em praça pública de lazer, frequentada por crianças e adultos, potencialmente colocados em risco”.
Estado grave
O motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, está internado em estado grave no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, após ser atingido por um tiro dentro do posto da Guarda Civil Municipal, em frente à Igreja da Pampulha. Ele foi baleado na cabeça e precisou passar por cirurgia.
Versões diferentes
Segundo o boletim de ocorrência que o Por Dentro de Minas teve acesso, o militar relatou que seguia para sua residência, quando foi fechado pelo condutor do carro em uma tentativa de roubo. Ele perseguiu o veículo e abordou o automóvel na Praça São Francisco de Assis.
Porém, testemunhas disseram a vítima se envolveu em uma briga de trânsito com um cabo da PM de folga na Avenida Otacílio Negrão de Lima, no bairro Bandeirantes. Durante a confusão, a vítima tentou correr, mas foi perseguida e entrou na base para se esconder. No local, o policial entrou no local e atirou na vítima
O que diz a Guarda Municipal?
“Por volta das 14h deste sábado, um homem invadiu a Unidade de Segurança Preventiva (USP) da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) instalada na Avenida Otacílio Negrão de Lima, na Pampulha. Quando o guarda municipal que estava de plantão no local iria abordar o desconhecido, um segundo homem invadiu a unidade, alegando ser um policial militar à paisana do Batalhão de Choque e que estava perseguindo o primeiro, por tentativa de roubo. O militar entrou então em luta corporal com o suposto foragido, dentro da unidade da Guarda Municipal. Um disparo da arma do militar atingiu o homem na testa. O SAMU foi acionado e encaminhou o desconhecido para o Pronto-Socorro do Hospital João XXIII.”
O que diz a Polícia Militar?
“A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclarece que o policial militar da ativa, de folga e à paisana, envolvido no REDS nº 2023-045849646-001, foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil, por tratar-se de crime comum e não militar. Após ratificação da prisão em flagrante pelo crime de lesão corporal, o militar segue preso em uma unidade da corporação. A PMMG informa, ainda, que a Corregedoria da instituição acompanha o caso”.
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