A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta terça-feira (13), que instaurou um procedimento para apurar a morte da escrivã Rafaela Drumond, de 31 anos. A servidora estadual foi encontrada sem vida na noite da última sexta-feira (09) pelos pais em Barbacena, no Campo das Vertentes. Rafaela era lotada na delegacia da cidade de Carandaí.
Segundo o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG), áudios e vídeos compartilhados por Rafaela Drumond dão conta de que ela foi vítima de assédio moral, sexual, sobrecarga de trabalho e ingerência dos seus superiores. A situação acomete outros servidores que atuam na mesma delegacia onde atuava a escrivã, na cidade de Carandaí.
“Os policiais estão adoecendo de forma muito perigosa e o cuidado com a saúde mental de nossos profissionais não tem chamado a atenção das autoridades responsáveis. A polícia está doente e quem deveria cuidar desses valorosos policiais está fingindo não ver”, afirmou o Sindep-MG.
“A Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ), por meio da Inspetoria-Geral de Escrivães, além de uma equipe da Diretoria de Saúde Ocupacional (DSO), do Hospital da Polícia Civil (HPC), estão no município de Carandaí para acolhimento e atendimento dos servidores, disse a Polícia Civil.
A PCMG informou ainda que presta condolências aos familiares, amigos e colegas da Escrivã de Polícia Rafaela Drumond, e conta com a sensibilidade da sociedade como um todo, neste momento de luto da Instituição e dos familiares da Escrivã Rafaela Drumond, face às circunstâncias de seu falecimento.
A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta terça-feira (13), um requerimento de convocação dos secretários do Governo de Minas para explicarem o contexto da morte da escrivã da Polícia Civil, Rafaela Drummond. Os convocados são: Igor Eto (Governo), Luisa Barreto (Planejamento e Gestão) e Letícia Gamboge Reis (delegada-chefe da Polícia Civil).
