O advogado da família da cantora Marília Mendonça afirmou em entrevista coletiva que o acidente com o avião não foi causado por problemas na aeronave e filha ou erro do piloto.
A afirmação ocorreu após a apresentação do resultado do relatório produzido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) a família das vítimas.
“De modo geral, o Cenipa entende que não houve erro nenhum erro do piloto. Atitudas tomadas fora do plano de vôo não são erradas”, disse Robson Cunha.
O cabo de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é apontado como um das causas do acidente, mas ainda é preciso aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Civil.
Acidente
No dia 5 de novembro de 2021, a aeronave com a equipe da cantora caiu em Piedade de Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Ele decolou do Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia (GO), às 16h02min, com destino à cidade de Caratinga, onde a artista faria um show.
Na queda do avião morreram a cantora e compositora Marília Mendonça, de 26 anos; o tio e assessor da artista, Abiceli Silveira Dias Filho; o produtor Henrique Bonfim Ribeiro; o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto Luiz Eduardo David Guimarães.
Investigação da PCMG
De acordo com o delegado regional em Caratinga, Ivan Lopes, responsável pelo inquérito policial, três fatores são analisados na investigação: meio, humano e máquina. “Vamos estabelecendo algumas premissas e, na medida que vamos descartando algumas delas, caminhamos para a conclusão dos fatos”, pontua ao informar que a PCMG aguarda laudos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre o funcionamento da aeronave para avançar nas análises e finalizar o trabalho investigativo.
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Lopes adianta alguns resultados das apurações. “O que já produzimos é que não havia obrigatoriedade de sinalização das torres da Cemig e que o controle de tráfego pelo piloto [para pouso] foi feito de forma que não é o padrão em Caratinga, ou seja, ele saiu da zona de proteção do aeródromo. Agora, aguardamos os laudos do Cenipa para, enfim, concluirmos as investigações. Se descartarmos falhas nos motores, conseguimos caminhar para a conclusão de uma falha humana. Mas eu repito: trata-se de um acidente”, frisa.
Segundo o delegado regional, o procedimento investigativo inclui, entre outros elementos, estudos de normas e levantamento de informações técnicas, depoimentos de pilotos e laudos periciais.