Ícone do site Por Dentro de Minas (MG)

Motorista de ônibus que caiu de ponte na BR-116 é indiciado por homicídio culposo

Ônibus com time de futebol cai de ponte e deixa cinco mortos na BR-116, em Além Paraíba - Foto: O Vigilante Online

Ônibus com time de futebol cai de ponte e deixa cinco mortos na BR-116, em Além Paraíba - Foto: O Vigilante Online

Índice Esconder
  1. A investigação
  2. Contexto

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta quinta-feira (27/4), o inquérito policial que apurou as causas do acidente com um ônibus que transportava a equipe fluminense de futebol juvenil Vila Maria Helena, em janeiro deste ano, em Além Paraíba, na Zona da Mata mineira. Na ocasião, quatro adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, e o treinador, de 18, morreram. Outros 28 passageiros ficaram feridos. O relatório policial entregue ao Ministério Público indiciou o motorista por lesão corporal e homicídio culposo.

Conforme apurado pela Delegacia de Polícia Civil de Além Paraíba – unidade que integra a 3ª Delegacia Regional em Leopoldina, pertencente ao 4 ª Departamento em Juiz de Fora -, o motorista do ônibus, de 47 anos, perdeu o controle do veículo vindo a bater no guard-rail (proteção metálica) de uma ponte e caindo, cerca de dez metros de altura, de cabeça para baixo, às margens do Rio Angu, às 1h20 do dia 30 de janeiro de 2023, na BR-116.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcos Vignolo, as investigações e os laudos periciais demonstraram que as condições climáticas, a pista e o veículo se encontravam em boas condições. “O que nos leva a acreditar que, pelo avançar do horário, o motorista perdeu o controle do veículo por alguma alteração no estado de consciência, possivelmente provocada pelo sono”, concluiu o delegado.

A investigação

Foram ouvidas 29 pessoas, entre passageiros, seus responsáveis legais, o motorista e representantes da empresa de ônibus. Também foram produzidos pela PCMG 73 laudos policiais, que permitiram concluir as causas do acidente.

VEJA TAMBÉM

As apurações constataram que o tacógrafo (equipamento que permite verificar a velocidade do veículo) não estava danificado. No entanto, o sistema de armazenamento das imagens estava inoperante desde o dia 5 de janeiro. Fato que, de acordo com Vignolo, será oficiado à Polícia Rodoviária Federal para medidas administrativas cabíveis. “O funcionamento do equipamento não gerou prejuízo para a apuração do acidente, pois não constatamos, diante dos laudos, que a velocidade tenha sido fator decisivo para o acidente”, explicou o delegado.

Contexto

Os adolescentes do time juvenil do Esporte Clube Vila Maria Helena, da cidade de Duque de Caxias (RJ), voltavam para o Rio de Janeiro após disputarem e vencerem as partidas pela Copa Nacional de Ubaporanga, em Minas Gerais. Eles foram campeões na categoria sub-18 e vice-campeões na sub-16. Três adolescentes e o técnico morreram no local. Outro jovem, de 16 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital, em Duque de Caxias, dez dias depois do fato.

Comentários
Sair da versão mobile