A greve dos metroviários de Belo Horizonte, iniciada no 14 de fevereiro, continuam e as estações seguem fechado até pelo menos a próxima quarta-feira, dia 1º de março. A decisão ocorreu após assembleia realizada neste sábado (25) entre o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) e os funcionários.
Os metroviário reivindicam a garantias de manutenção dos empregos junto ao Governo Federal para mais de 1,6 mil funcionários que temem serem demitidos após a privatização da companhia em dezembro de 2022.
As estações do metrô, em Belo Horizonte e em Contagem, na Região Metropolitana, estão fechadas pelo décimo dia seguido. No primeiro da paralisação dos metroviários que começou no dia 14 de fevereiro, os terminais foram fechadas às 20h.
Multa
No dia 17 de fevereiro, a Justiça bloqueou R$ 250 mil das contas bancárias do Sindimetro-MG que representa os trabalhadores, após cumprir decisão judicial que definiu uma escala mínima de 70% de operação dos trens.
O vice-presidente do TRT-3, Desembargador Dr. César Pereira da Silva Machado Júnior, aceitou o pedido da companhia, nesta sexta-feira (25), a aplicação de multa para o Sindimetro, sendo aplicado, agora, o valor de R$200 mil por dia de descumprimento da escala mínima de operação dos trens. A nova liminar ainda traz ainda um acréscimo na ordem de bloqueio de mais R$950 mil das contas bancárias do sindicato, totalizando R$1.200.000 (um milhão e duzentos mil reais), até a presente data, a ser bloqueado das contas do sindicato.
Prejuízo milionário
Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a empresa revelou um prejuízo de R$6 milhões, levando em conta, inclusive, o período de Carnaval. No Carnaval de 2020, o metrô transportou quase 800 mil usuários, sendo que a Estação Central recebeu mais de 150 mil passageiros na ocasião.