Três suspeitos pela morte de um homem, de 26 anos, executado no Centro de Belo Horizonte, estão presos após investigações desencadeadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O crime ocorreu no dia 14 de agosto deste ano, na rua Tupinambás, e dois dos investigados — de 18 e 36 anos — foram presos em flagrante no mesmo dia. Um terceiro envolvido, de 26 anos, está preso temporariamente, desde a última terça-feira (11/10).
De acordo com as investigações, a cargo da Delegacia de Homicídios Centro-Sul, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima foi executada a facadas depois de ser cercada pelos três suspeitos, ao sair de um barzinho localizado na Rua Caetés.
O delegado responsável, Alexandre Oliveira da Fonseca, explica que no estabelecimento a vítima teria conversado com a namorada do suspeito de 26 anos — conhecido por atuar como traficante de drogas no barzinho —, o qual entendeu que os dois já se conheciam e, assim, se iniciou uma discussão entre os homens. “Com as provas que reunimos, verificamos que ali mesmo, no bar, o investigado teria ameaçado a vítima de morte por ela se lembrar da namorada dele de outras situações e ter flertado com ela naquele momento. A vítima, com medo de retaliação, deixou o estabelecimento, porém, foi perseguida pelos suspeitos”, informou Fonseca.
Imagens obtidas pela PCMG e outros levantamentos na região auxiliaram a definir a dinâmica do crime, observa o delegado. “Em certa altura da rua Tupinambás, os três cercaram a vítima, a revistaram e, em seguida, levaram-na para trás de uma banca de jornais, onde a executaram a facadas”, detalhou.
Outras duas pessoas suspeita de matar vítima a facadas já havia sido presos.
🎥Divulgação/PCMG pic.twitter.com/f0pzASc2jY
— Por Dentro de Minas (@pordentrodemg) October 13, 2022
O chefe da Divisão Especializada em Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), delegado Frederico Abelha, observa que a Polícia Civil tem verificado, por meio de serviços de inteligência policial, uma mudança no cenário de criminalidade na região central de Belo Horizonte, e a instituição já vem trabalhando para combater essas ações de forma integrada. “Hoje percebemos que há uma divisão de práticas criminosas: uma parte é responsável pelo tráfico de drogas, outra por furtos específicos, estelionatos e agiotagem, ou seja, como se estivessem delimitando territórios para diferentes práticas ilícitas. Atenta a isso, a PCMG vem adotando medidas de repressão a essas ações, como se demonstra neste caso em específico”, destacou o delegado.
Tráfico de drogas
As apurações da Polícia Civil confirmaram que o suspeito de 26 anos atuava como traficante dentro do estabelecimento comercial, motivo pelo qual foi representado à Justiça por mandados de busca e apreensão, cumpridos também na terça-feira (11).
Na ocasião, foram apreendidos mais de 1.700 pinos de cocaína, sete celulares, duas balanças digitais, caderno de anotações do tráfico, anestésico comumente utilizado para adulterar drogas e 25 munições calibre 32. A namorada do investigado, de 28 anos, foi presa em flagrante durante a operação pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Os dois homens presos em flagrante na data do crime já tiveram suas prisões convertidas em preventivas e responderão por homicídio qualificado. O último preso, além desse crime, responderá pelo mesmo crime, além de tráfico e associação para o tráfico de drogas.
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