Motoristas de caminhões reboques realizaram uma manifestando na tarde desta quarta-feira (27) em Belo Horizonte, após a morte de um colega de profissão. Anderson Cândido de Melo, de 44 anos, foi baleado após uma discussão de trânsito com um delegado da Polícia Civil nessa terça-feira (26).
O grupo com cerca de 100 motorista realizaram um buzinaço pelas vias que passavam, entre elas, o Anel Rodoviário e a Avenida Cristiano Machado, na capital. O ato foi finalizado no local em que Anderson foi baleado na Avenida do Contorno, altura do Barro Preto, após o Viaduto Oeste.
Morte
O motorista do caminhão reboque foi baleado no pescoço em uma briga de trânsito na Avenida do Contorno, altura do Barro Preto, próximo do Viaduto Oeste, na Região Central de Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (26).
Segundo a Polícia Militar (PM), um delegado do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico da Polícia Civil (Denarc) é o principal suspeito de atirar na vítima.
Conforme a PM, testemunhas disseram que o motorista do caminhão reboque e um delegado em um veículo descaracterizado discutiram no trânsito.
O homem foi baleado no pescoço e socorrido em estado grave para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde. O corpo foi encaminhado Instituto Médico Legal (IML) da capital e informações de velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.
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O que diz a Polícia Civil
“Sobre os fatos ocorridos na tarde de ontem (26/7), no centro de Belo Horizonte, relacionado a um conflito no trânsito com morte de um motorista de caminhão devido a disparo de arma de fogo efetuado por um delegado de polícia, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclarece que a Corregedoria adotou medidas imediatas para a apuração sobre os fatos.
Conforme noticiado ontem, logo após o ocorrido, o delegado de polícia se apresentou espontaneamente às autoridades, confessando ser o autor do disparo, e teve a arma de fogo apreendida.
Durante suas declarações, o delegado, acompanhado por seu advogado, narrou sua versão sobre os fatos e alegou ter agido em legítima defesa.
Após oitiva das testemunhas, realizada análise técnica-jurídica dos fatos, a autoridade policial responsável pelo inquérito liberou o autor, com fundamento na apresentação espontânea e em seus pressupostos. Não houve elementos jurídicos para a prisão do delegado autor do fato.
A PCMG esclarece que no curso do Inquérito todas diligências investigativas possíveis serão realizadas, como depoimentos de outras testemunhas, análise de laudos periciais, arrecadação de imagens de câmeras de vigilâncias, etc., tudo para que se chegue ao esclarecimento completo de todas as circunstâncias do crime, de maneira a proporcionar ao Ministério Público e ao Poder Judiciário os elementos necessários ao processo criminal. Além disso, foi instaurado procedimento disciplinar para apuração rigorosa acerca da responsabilidade administrativa existente.
A PCMG e, especialmente, a Corregedoria-Geral asseguram que o inquérito policial será concluído no prazo legal de 30 dias, com impessoalidade, imparcialidade e transparência, repudiando atitudes violentas, insensatas e incivilizadas de quaisquer pessoas, especialmente de seus servidores.”