Em uma ação coordenada de combate aos crimes de homicídio relacionados com a disputa pelo tráfico de drogas, foi deflagrada, nesta quinta-feira (5/5), em Belo Horizonte, a operação Iosephus, com a participação das polícias Civil e Militar de Minas Gerais e do Ministério Público do estado. Durante a manhã, foram cumpridos, na Vila São José e região, nove mandados de prisão, expedidos contra mandantes e executores de homicídios, bem como 21 ordens judiciais de busca e apreensão.
De acordo com o delegado Lucas Nunes, que coordena as investigações sobre os homicídios registrados na área da operação, quatro inquéritos instaurados pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) resultaram na expedição dos mandados judiciais e, consequentemente, na deflagração da operação. Entre os casos investigados estão as mortes de traficantes locais e de outras regiões, assim como homicídios de mães de traficantes.
“Nós atuamos em uma área ‘conflagrada’, em que há uma atuação sistemática de associações e organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, e que, entre as suas ações, de maneira a garantir essa atuação, acabam matando pessoas que tenham uma correlação com o tráfico, sejam usuários ou moradores da região sem envolvimento com atividades ilícitas”, ressalta a chefe do DHPP, delegada Letícia Gamboge.
O delegado Lucas ainda conta que houve um aumento significativo no número de homicídios na região da Vila São José, principalmente nos bairros Manacás e Castelo, sendo registrados dez assassinatos, do segundo semestre do ano passado até este mês. Lucas acredita que isso tenha relação com o processo de urbanização realizado na região, em 2012, quando a Vila São José foi verticalizada, com a construção de prédios no local. “Desde aquele período, houve certas rusgas, que foram pacificadas ao longo do tempo. Porém, no ano passado, com a morte do ‘patrão’, que dominava toda aquela área da Vila São José, houve o retorno de alguns traficantes mais antigos para a região”, pontua.

Operação de pacificação
O chefe da Divisão Especializada em Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), delegado Frederico Abelha, destaca que a operação de hoje tem um impacto importante tanto na garantia quanto na sensação de segurança para os moradores da região, reforçando a presença do Estado no local.
Conforme destaca o tenente-coronel Jackson Ramos, comandante do 34º Batalhão da Polícia Militar, foi estabelecido um fluxo, com constante compartilhamento de informações, entre as polícias Civil e Militar, o que possibilitou o planejamento e a atuação estratégica das forças de segurança no local.
Por fim, o coordenador das Promotorias de Justiça do Tribunal do Júri, promotor de Justiça Cláudio Maia de Barros, enfatiza: “O tráfico de entorpecentes mata e, não raro, o tráfico mata com requintes de crueldade”.
As operações de combate ao homicídio e ao tráfico de drogas na região continuam.
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