Uma mulher de 23 anos, apontada como suspeita pela morte do filho recém-nascido, em Três Pontas, Sul do estado, foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por homicídio doloso, qualificado pelo motivo fútil, e por ocultação de cadáver. A suspeita está presa desde o dia 4/4, um dia após o encontro do corpo do bebê, quando foi detida em um ônibus que seguia para São Paulo.
De acordo com o delegado Gustavo Gomes, com base em laudo médico, a PCMG conseguiu descartar o crime de infanticídio, caracterizado pela influência do estado puerperal. “A suspeita foi submetida a exame clínico-psiquiátrico e ficou absolutamente afastada a possibilidade de que ela tenha agido sob a influência do estado puerperal, que é uma alteração hormonal e psíquica que a mãe tem logo após o parto”.
Para a polícia, a suspeita afirmou que a criança já nasceu morta, contrariando o resultado da necropsia, que aponta morte por asfixia. Segundo Gustavo, não tem como determinar a forma como a suspeita agiu, se por ação, bloqueando as vias aéreas do bebê, ou por omissão, negligenciando os primeiros cuidados com a criança, No entanto, nenhuma das hipóteses afasta a responsabilidade da suspeita sobre o crime cometido. Ainda segundo apurado, a mulher agiu sozinha.
O inquérito foi concluído e encaminhado para o Ministério Público.
Crime
O corpo do recém-nascido foi localizado por policiais militares, após denúncia, em um córrego às margens da Avenida Zé Lagoa, região central da cidade. Conforme apurado, na madrugada de quinta-feira (31/3), a suspeita entrou em trabalho de parto e teve a criança no banheiro de casa. Em seguida, a mulher teria matado o bebê, colocado o corpo dele em um saco de lixo e jogado no córrego próximo à residência. A suspeita havia escondido a gravidez da família.
VEJA TAMBÉM