Cinco pessoas foram indiciadas por latrocínio em inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sobre a morte da cirurgiã-dentista Adriana Duarte Oliveira, de 46 anos. A mulher foi encontrada sem vida, no dia 26 de novembro do último ano, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana. Entre os indiciados estão três homens, um de 22 e dois de 43 anos, e duas mulheres, de 35 e 42.
A família de Adriana registrou o desaparecimento dela no dia 25 de novembro, sendo o corpo encontrado parcialmente carbonizado no dia seguinte. A identificação da vítima foi possível por meio do exame das digitais. O carro da mulher foi localizado abandonado na região central da cidade.
O suspeito de 22 anos assumiu a participação no crime e alegou que a intenção dele e dos comparsas, de 43 anos, era roubar o dinheiro da vítima. Adriana teria contratado os serviços do trio, que trabalhava como pedreiros e servente, para a construção de uma casa, na propriedade dela, localizada em Itambé do Mato Dentro, próximo a Itabira. Os três investigados estão presos pelo crime. A mulher de 35 anos é procurada e a suspeita de 42 responde pelo crime em liberdade.
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As investigações iniciaram em Belo Horizonte, pela Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, e, posteriormente, foram encaminhadas para a Delegacia Especializada de Homicídios em Ribeirão das Neves.
Dinâmica
Conforme apurado, na noite do dia 25 de novembro, os três suspeitos, no carro de um dos pedreiros, foram até o apartamento da vítima, em Belo Horizonte. Valendo-se de argumentos relativos à obra, o servente, de 22 anos, chamou pela vítima e, com uso de uma réplica de pistola, entrou no apartamento da mulher em busca de objetos de valor. À época, ele levou uma câmera fotográfica, um tablet, dois smartphones, um notebook, além de moedas estrangeiras e algumas nacionais antigas.
Em seguida, o suspeito obrigou a dentista a entrar no carro dela, levando-a ao encontro dos outros dois comparsas. Os homens conduziram, então, a mulher até uma estação de tratamento de esgoto desativada, acessível por uma estrada de terra no bairro Tocantins, em Ribeirão das Neves. No local, a vítima foi morta por carbonização.
Ao saber que diversas impressões papilares foram encontradas na casa da vítima, o suspeito de 22 anos assumiu a autoria do crime e pormenorizou a participação dos demais envolvidos.
Vínculos
Diversos dados a respeito do crime foram recuperados no celular da suspeita de 35 anos e demonstraram que ela tinha conhecimento e, até mesmo, colaborou para os crimes, contrariando a versão apresentada pela investigada em depoimento à polícia. Fotos e vídeos indicaram que a investigada ficou com a câmera fotográfica e os euros roubados da vítima.
Ainda por meio da análise de imagens de segurança, a polícia identificou o momento em que o servente e a mãe dele, a suspeita de 42 anos, abandonaram o carro da vítima e caminharam pela região central de Ribeirão das Neves.