A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga uma mulher, de 28 anos, suspeita de fraudar a venda de vacinas destinadas a crianças, nas cidades de Belo Horizonte e Contagem, na Região Metropolitana. Entre as vítimas, foram identificados, até o momento, 18 pais e responsáveis por crianças, além de duas clínicas de saúde. A polícia acredita que a suspeita tenha lucrado em torno de R$ 36 mil com o golpe.
As investigações iniciaram em janeiro deste ano, após a denúncia de uma das empresas vítima, mas segundo apurado, a suspeita estaria agindo desde novembro do último ano. Na capital, foram identificadas 15 famílias vítimas e um prejuízo de R$ 30 mil. Já em Contagem, três famílias já denunciaram o crime, sendo o prejuízo estimado em R$ 6 mil.
As investigações continuam.
Esquema criminoso
De acordo com o delegado Guilherme Santos, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul, a investigada se passava por representante de clínicas e laboratórios para oferecer, a preços atrativos, diversos tipos de vacinas infantis. “A mãe da criança via então uma oportunidade e passava o dinheiro para ela. A suspeita agendava com a clínica, forjava o comprovante do depósito de pagamento e de forma rápida, para a clínica não perceber que o valor não havia entrado na conta, fazia o agendamento para a criança e a aplicação da dose”, explica.
Ainda segundo o delegado, “em alguns casos, a pessoa teve dificuldade na aplicação da segunda dose ou da dose de reforço porque, depois de um tempo, a clínica não havia recebido nenhum valor como forma de pagamento”.
Conforme explica o Guilherme Santos, a investigação apresenta duplicidade de vítimas. “É importante esclarecer que, do aspecto criminal, a polícia tem tratado tanto a mãe como vítima quanto a clínica, porque a mãe foi enganada por essa pessoa; ela fez o pagamento acreditando que estaria pagando o valor cobrado pela clínica, que daria direito à vacina […] A clínica também é vítima na medida em que aplicou a vacina sem ter recebido por ela”, ressalta.
PCMG alerta
Para o delegado Clayton Ricardo da Silva, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Contagem, outras pessoas podem ter sido alvo da investigada. “A Polícia Civil faz o alerta para que as demais vítimas desse golpe compareçam a 1ª Delegacia de Polícia Sul, se forem Belo Horizonte, ou a 2ª Delegacia em Contagem, caso sejam da cidade, para fazer a denúncia. Podem procurar as delegacias tanto representantes de clínicas quanto as vítimas que compraram as supostas vacinas”, orienta.
O delegado ainda deu dicas para evitar ser vítima desse tipo de golpe. “A população pode verificar a idoneidade dessas pessoas que estão oferecendo as vacinas, verificar se elas possuem algum vínculo com os laboratórios ou clínicas. As pessoas podem conferir, no momento de fazer algum tipo de pagamento ou transferência, o CNPJ do favorecido, uma vez que dificilmente uma pessoa física será beneficiada por um serviço prestado por uma empresa”, adverte Clayton.
Para quem foi vítima e deseja denunciar o golpe, a 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul fica na rua Carangola, 27, bairro Santo Antônio, na capital. Já a 2ª Delegacia de Polícia Civil em Contagem está localizada na rua Senegal, 226, bairro Novo Eldorado.
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