Três homens foram presos durante a operação Hemera, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), suspeitos de envolvimento na morte de um funcionário da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, de 63 anos. O homem foi brutalmente assassinado, com pauladas e pedradas, no dia 17 de setembro deste ano, na Vila Andiroba, região Nordeste de Belo Horizonte, sendo o corpo dele encontrado no dia seguinte, às margens do Anel Rodoviário, no bairro São Paulo. A motivação do crime: a falsa acusação de pedofilia imputada à vítima.
Durante a ação policial, realizada na última quinta-feira (25/11), além dos três presos, de 24, 26 e 37 anos, ainda foi apreendido um revólver calibre 38. A arma será submetida a exame de comparação balística, a fim de averiguar se foi utilizada em outros homicídios.
“Por meio de um trabalho qualificado de investigação, a equipe conseguiu elementos indiciários que permitiram a representação pela prisão de oito pessoas que teriam envolvimento nesse homicídio”, conta o delegado Hugo Arruda, que explica haver ainda cinco suspeitos foragidos.
A operação contou com a participação de 60 policiais civis do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações, bem como da Divisão de Operações Especiais (Deoesp) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Crime
De acordo com a delegada Mônica Pérpetua Carlos, inicialmente, levantou-se a hipótese de a motivação do crime estar vinculada a um possível ato de pedofilia cometido pela vítima. Contudo, a PCMG descobriu que, após urinar em via pública, a mulher de um gerente do tráfico na região, de 28 anos, ficou indignada e exigiu a morte do homem alegando falsamente que ele teria agido de forma insinuante para crianças do bairro, configurando o crime de pedofilia.
Diante dessa alegação, o chefe do tráfico ordenou o homicídio do idoso, espancado com extrema violência. A vítima teria sido morta por traficantes da Vila Andiroba que, para não atrair a atenção da polícia para a área onde exercem o comércio de drogas, removeram o corpo para um local mais distante. Após descobrirem que a mulher havia mentido sobre a conduta da vítima, os traficantes locais expulsaram ela do bairro. A mulher, que também foi indiciada pelo crime, permanece foragida.
A delegada conta que a vítima era uma pessoa tranquila e conhecida na região como “vô”. “Nós ouvimos alguns parentes dele [vítima] e na localidade também. As pessoas se revoltaram, porque sabiam da índole dele”, destaca.
Os suspeitos, que são investigados em outros homicídios e possuem extensa folha de antecedentes criminais, irão responder por homicídio qualificado.
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