A Polícia Civil de Minas Gerais informou na tarde desta quarta-feira (10) que identificou mais uma vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a PCMG, a identificação ocorreu por meio dos trabalhos das equipes do Instituto de Criminalística, a partir de DNA.
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Até o momento, foram identificadas 263 vítimas. A tragédia de Brumadinho matou 270 pessoas, em janeiro de 2019. Ainda sete continuam desaparecidas
De acordo com a PCMG, a vítima identificada é o capixaba Uberlândio Antônio da Silva era um dos funcionários terceirizados da mineradora Vale que estavam trabalhando na Mina do Córrego do Feijão.
A #PCMG identificou mais uma Jóia, vítima do rompimento da barragem em Brumadinho. A identificação foi realizada por meio dos trabalhos das equipes do Instituto de Criminalística, a partir de DNA. Ao todo, 363 Jóias já foram identificadas. pic.twitter.com/FXtMeifofa
— Polícia Civil de MG (@pcmgoficial) November 10, 2021
O mecânico Uberlandio Antônio da Silva, natural de Linhares (ES), foi localizado pelo Corpo de Bombeiros Militares no último dia 2 de outubro, quando foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Dr. André Roquette (IMLAR), em Belo Horizonte.
Conforme destaca a diretora do Instituto de Criminalística (IC) da PCMG, perita criminal Carla Vieira, trata-se de um trabalho minucioso e complexo desde a fase inicial. “Seguimos um protocolo técnico para identificar de forma qualificada e com confiabilidade essas joias, para assim trazer uma resposta às famílias”, diz.
Procedimentos
No IMLAR foram realizadas tentativas de identificação por meio de arcada dentária. Contudo, foi necessário encaminhamento do corpo para o IC, onde, após inúmeros exames de confirmação, os peritos criminais constataram a identidade. “É um processo que pode levar um tempo porque temos de repetir os exames várias vezes, comparando com o material genético dos familiares, até termos a certeza de que se trata daquele indivíduo”, explica o perito criminal Higgor Dornelas.
Ainda de acordo com Dornelas, o procedimento rigoroso atesta que se trata de uma nova identificação e não uma reidentificação, como pode ocorrer em muitos casos. “Até o momento, já analisamos mais de mil amostras e continuamos trabalhando com outros 20 a 30 materiais”, adianta.
A perita criminal Ângela Romano, que esteve no ponto de localização do corpo para os exames iniciais, afirma que, em muitos casos, objetos e vestuários particulares podem dar indicativos para a identificação formal, o que tende a ser mais raro na atual fase de resgate. “As roupas, adereços, alianças e outros elementos de uso pessoal que as famílias nos informam podem sim indicar uma possível identificação. Contudo, sempre obedecemos às três fases de reconhecimento: impressão digital, odontologia legal e, por fim, exame de DNA”, esclarece.
Vítimas desaparecidas ou sem identificação
- CRISTIANE ANTUNES CAMPOS
- LECILDA DE OLIVEIRA
- LUIS FELIPE ALVES
- MARIA DE LURDES DA COSTA BUENO
- NATHALIA DE OLIVEIRA PORTO ARAUJO
- OLIMPIO GOMES PINTO
- TIAGO TADEU MENDES DA SILVA
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