A oferta e a demanda por ETFs – do inglês Exchange Traded Funds, também chamados de Fundos de Índices – estão crescendo no Brasil. De acordo com dados da B3, há 45 opções disponíveis para o investidor pessoa física, sendo que 16 delas foram listadas na Bolsa em 2021. O total já representa o triplo do verificado há dois anos, quando o número era de apenas 15.
Dentre os ETFs disponíveis na Bolsa de Valores, 38 são de renda variável e sete de renda fixa. Ainda de acordo com informações da B3, os fundos preferidos pelos investidores brasileiros têm sido o BOVA11, o BOVV11 e o HASH11, respectivamente.
Oferta e demanda têm caminhado juntas, uma impulsionando a outra. Entre janeiro e maio deste ano, o número de investidores em ETFs subiu 49%, passando de 269 mil para 402 mil, o que resultou em uma movimentação de R$ 153 bilhões na Bolsa.
Na avaliação da própria B3, a queda de juros e o interesse dos investidores em diversificar a carteira são os principais fatores que têm motivado a maior procura pelos ETFs.
Como investir em ETFs
Os ETFs são negociados na Bolsa e no mercado de balcão organizado. O procedimento para investir é feito através da internet, pelo home broker. Para isso, é necessário ter uma conta em uma corretora. Semelhante como ocorre com a compra de ações, o investidor escolhe o produto e adquire as cotas do fundo.
Na prática, trata-se de um investimento em renda variável – que pode conter ativos de renda fixa em sua composição – e funciona como um fundo de investimento. Um grupo adquire as cotas de participação e os recursos são geridos por um gestor profissional.
Dentre as principais vantagens estão o baixo custo para o investimento e a possibilidade de diversificar a carteira, já que o ETF é como uma cesta de ativos que tem o rendimento atrelado a um determinado índice.
Ao analisar os três mais procurados pelos brasileiros este ano, por exemplo, destacam-se o BOVA11 e o BOVV11, que são referenciados pelo Ibovespa B3, e o HASH11, que acompanha o índice Nasdaq Crypto. Por conta dessa característica dos ETFs, a orientação de especialistas é conhecer a composição deste tipo de fundo e o retorno do índice ao qual está atrelado.
Liquidez, riscos e impostos sobre ETFs
Outro aspecto positivo dos ETFs é que se trata de uma opção que oferece alta liquidez, ou seja, o investidor tem facilidade para resgatar o dinheiro em espécie. A retirada pode ser feita em um dia útil após o pedido.
Mas é necessário estar atento a outras peculiaridades, como a tributação e os riscos. Os ETFs de renda variável sofrem cobrança de 15% sobre o ganho de capital nas operações comuns. No day trade, a alíquota é de 20%. Já os ETFs de renda fixa têm a tributação vinculada ao prazo médio da carteira.
Por terem diferentes ativos em sua composição, incluindo ações, sempre há riscos para o investidor. Neste sentido, os ETFs de renda fixa sofrem menor oscilação.
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